2018 - Dicas da Lu

domingo, 30 de dezembro de 2018

A MENSAGEM NA GARRAFA, DE JUSSI ADLER-OLSEN, DA EDITORIAL PRESENÇA

De regresso a este cantinho para deixar o registo da minha última leitura, desta vez de um policial, um trilher com crime, adrelanina, drama e mistério à mistura: A mensagem na garrafa de Jussi Adler-Olsen, da Editoral Presença, publicado em Agosto 2018.
Este livro faz parte de uma série, 'O departamento Q'. 
Contudo não é necessário ler os livros anteriores para percebermos esta história.
Trata-se de uma história baseada em factos reais, o que torna por si só, a história muito interessante.
Entramos no dia a dia, no início dos anos 2000, de um departamento policial dinamarquês, nada convencional, que se dedica a desmascarar os autores de casos muito difíceis e por vezes intricados.
O autor leva-nos a conhecer ao longo da história aspetos da vida pessoal dos agentes.
O fio condutor da história é uma mensagem numa garrafa atirada aos fiordes em circunstância trágicas em 1996, encontrada em 2002, ficando esquecida numa janela do departamento policial alguns anos, sendo depois alvo de atenção.
Aí começa toda a trama em paralelo com um caso de supostas vítimas de incêndios em empresas e fábricas.
A mensagem já desgastada pela deterioração do tempo e elementos não é fácil de decifrar e exige um interesse constante.
Aos poucos as peças do puzzle dos dois casos vão-se revelando num crescendo de adrenalina que nos conduz aos vários desfechos das personagens da história.
O livro transporta-nos para o contexto de máfias financeiras na Dinamarca bem como das inúmeras seitas existentes na Dinamarca e a forma como influenciam o carácter e as escolhas.
O autor vai-nos transportando sucessivamente quer para o dia a dia dos agentes, do criminoso, das vítimas e da própria mulher do criminoso que nada sabe.
Do meu ponto de vista, esta sucessão de acontecimentos e cenários diferentes torna a história empolgante, bem como o facto de se basear em factos reais.
Muito mistério, drama e crime.
Um policial diferente mas muito interessante que nos leva a tentar a cada página perceber o desfecho da história, sempre com muitas surpresas.
Gostei deste livro e fiquei curiosa para ler outras obras do autor.
Já leram?



ISBN: 9789722362573
Edição ou reimpressão: 08-2018
Editor: Editorial Presença
Idioma: Português
Dimensões: 148 x 229 x 32 mm
 Encadernação: Capa mole 
Páginas: 504
Livro Coleção: O Fio da Navalha                                                                                     
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Jussi Adler-Olsen regressa com um novo caso neste perturbador thriller da série Departamento Q.
O detetive Carl Morck segura na mão uma garrafa que contém uma mensagem escrita com sangue - um pedido de ajuda de dois jovens irmãos, prisioneiros em parte incerta, perto do mar.

Críticas de imprensa
«O novo autor-sensação do policial nórdico.»
The Times
«O estilo de Jussi Adler-Olsen é comparável ao de Stieg Larsson, mas a sua crueldade é menos óbvia e o seu sentido de humor é cativante.»
Booklist
“Um thriller frenético inspirado em eventos reais durante um período negro da história dinamarquesa»
The New York Times
«Uma história perversa... inspirada em acontecimentos reais durante um período negro da história da Dinamarca. Ah!, mas há muito mais que isso, muito mais neste thriller alucinante.»
The New York Times Book Review
«Um romance impressionante e inquietante... com uma criatividade notável e marcante.»
The Independent
SOBRE O AUTOR:
Jussi Adler-Olsen nasceu em Copenhaga.
Entre outros trabalhos, foi editor de diversas publicações antes de começar a escrever obras de ficção.
O Guardião das Causas Perdidas é o primeiro romance da série Departamento Q, a que se seguiu Desejo de Vingança e agora A Mensagem na Garrafa, todos publicados pela Editorial Presença.
Jussi Adler-Olsen recebeu numerosas distinções e prémios literários nos últimos anos e atualmente conta com mais de 16 milhões de exemplares vendidos em 40 países.

LADY GAGA E BRAQDLEY COOPER, I'LL NEVER LOVE AGAIN

 
Wish I could, I could've said goodbye
I would've said what I wanted to
Maybe even cried for you
If I knew it would be the last time
I would've broke my heart in two
Tryin' to save a part of you
Don't wanna feel another touch
Don't wanna start another fire
Don't wanna know another kiss
No other name falling off my lips
Don't wanna give my heart away
To another stranger
Or let another day begin
Won't even let the sunlight in
No, I'll never love again
I'll never love again, oh, oh, oh, oh
When we first met
I never thought that I would fall
I never thought that I'd find myself
Lying in your arms
And I want to pretend that it's not true
Oh baby, that you're gone
'Cause my world keeps turning, and turning, and turning
And I'm not moving on

Don't wanna feel another touch
Don't wanna start another fire
Don't wanna know another kiss
No other name falling off my lips
Don't wanna give my heart away
To another stranger
Or let another day begin
Won't even let the sunlight in
No, I'll never love
I don't wanna know this feeling
Unless it's you and me
I don't wanna waste a moment, ooh
And I don't wanna give somebody else the better part of me
I would rather wait for you, ooh
Don't wanna feel another touch
Don't wanna start another fire
Don't wanna know another kiss
Baby, unless they are your lips
Don't wanna give my heart away
To another stranger
Don't let another day begin
Won't let the sunlight in
Oh, I'll never love again
Never love again
Never love again
Oh, I'll never love again
Compositores: Aaron Ratiere / Hillary Lindsey / Natalie Hemby / Stefani Germanotta

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

FILME DA SEMANA: COLETTE

De passagem por este cantinho para deixar o registo de um filme de época que retrata o ambiente da alta sociedade boêmia Parisiense nos finais do século XIX, inícios do século XX.
Sem desvalorizar a história ou as interpretações, este filme marca pela beleza da fotografia, das paisagens, dos cenários, dos figurinos, das caracterizações.
Deste ponto de vista, magnifico.
Já no que respeita à história, procura retratar, a título biográfico, uma fase da vida da famosa escritora Parisiense Sidoine Gabrielle Colette, irreverente e bastante polémica.
De órfã sem dote, criada em ambiente rural, mas com grande potencial para a escrita, surge uma mútua atração e interesse por um homem mais velho, Henry que utiliza o pseudónimo Willy, escritor numa Paris progressista.
Vislumbramos a indústria criativa Parisiense, onde os escritores na verdade dispunham de um leque de verdadeiros escritores que contratavam para escrever as suas obras.
Assistimos a um relacionamento tão aberto a ponto de se partilharem os mesmos amantes.
Como se de um acordo tácito se tratasse.
Alguma pitada de humor à mistura.
Numa gestão financeira difícil e cheia de estratagemas.
Numa espécie de um jogo mútuo de interesses.
Colette reinventa-se, afirma a sua identidade e nunca assume o papel de vítima.
Vemos Colette a ser fechada numa sala da sua própria casa para dar lugar a um processo criativo imposto pelo seu próprio marido.
E se não fosse essa circunstância, não teria escrito da mesma forma os livros nem procurado a sua afirmação.
A história culmina com a separação e a confirmação de Colette como escritora e atriz.
Trata-se de um filme sobre afirmação, liberdade, identidade e liberdade de gênero.
Como refere a própria, 'Que vida incrível eu tive, só me queria ter dado conta mais cedo'
Apreciei o desempenho dos atores, em especial de Keira Knightley, bem como o filme.
Já assistiram?



Título original: Colette
De:Wash Westmoreland
Com:Keira Knightley, Eleanor Tomlinson, Dominic West, Denise Gogh
Género:Drama, Biografia
Classificação:M/14
Outros dados:EUA/GB, 2018, Cores, 111 min.

A escrita feminina e inconformista de Colette (Keira Knightley) causou escândalo na sociedade preconceituosa e retrógrada do princípio do século XX. Nascida e criada num ambiente rural, ela casa, em 1893, com Henry Gauthier-Villars (Dominic West), um escritor autocentrado e sedutor conhecido pelo pseudónimo Willy. Ao perceber o enorme talento dela para a escrita, Henry desafia-a a escrever romances para serem publicados em nome dele. Assim, em 1900, surge “Claudine à l'École”, que teve por base experiências da vida de Colette e onde, descrevendo as aventuras de uma adolescente, eram desafiados os conceitos de decência da época. Esse atrevimento em muito contribuiu para o seu sucesso, especialmente junto das mulheres mais jovens. Seguiram-se mais três volumes sobre a mesma personagem: “Claudine à Paris” (1901), “Claudine en Ménage” (1902) e “Claudine s'en Va”(1903). Mas a fama da saga, assinada por Willy mas não escrita por si, deixam Colette desconfortável. É então que decide enfrentar o marido e reclamar os direitos da sua obra. Em 1905, Colette pediu o divórcio, dando início a uma carreira de escritora independente e actriz no teatro de revista, sempre pautada por escândalos e atentados à moral.
Realizado por Wash Westmoreland (“O Meu Nome é Alice”), um filme biográfico sobre Sidonie-Gabrielle Colette (1873 – 1954), figura “escandalosa” na Paris da transição do século, que
hoje é considerada uma das mais importantes e inovadoras escritoras francesas do século passado.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A MEMÓRIA DA ÁRVORE, DE TINA VALLÈS, DA DOM QUIXOTE


A minha última leitura foi um livro que foi editado em setembro deste ano, pela Dom Quixote, de uma escritora catalã de que nunca tinha ouvido falar: Tina Vallès.
O livro chama-se A Memória da Árvore.
Escrito na primeira voz de um menino de dez anos, Jan, com a simplicidade do seu ponto de vista e ao mesmo tempo com uma profundidade comovente.
Conta-nos através de pequenos trechos, o dia a dia deste menino e da sua família: os seus pais e os seus avós.
Como os seus avós se mudam da casa de família de Vilaverd para o apartamento dos pais de Jan em Barcelona.
Jan vai descobrindo aos poucos o porquê dessa mudança e o que significa a doença do avô, que sofre de uma doença que lhe começa por roubar a memória das pessoas, das coisas e de quem é.
O fio condutor do livro é a história da árvore salgueiro chorão do seu avô.
Os diálogos e trechos são ao mesmo tempo simples e profundos.
Trata-se de um livro sobre memórias, sobre o tempo, sobre o significado do tempo e das memórias, bem como também sobre as perdas.
Tudo sob o olhar inocente de uma criança.
Sobre o amor que permanece, ainda que a memória já não.
Sobre a memória do coração.
Sobre a descoberta de quem se é.
A reler, apreciei muito este romance.
E vocês, já leram este livro ou outros livros da autora?



ISBN: 9789722065610
Edição ou reimpressão: 09-2018
Editor: Dom Quixote
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 232 x 14 mm
Encadernação: Capa mole 
Páginas: 208
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Posso ficar contente? Jan não sabe porquê, mas intui que não é uma notícia muito boa que agora passem a ser cinco em casa. Os avós Joan e Caterina deixaram Vilaverd e vieram instalar-se com eles no andar do bairro de Sant Antoni, em Barcelona. Esta mudança alterará o dia a dia em casa, onde as palavras e os silêncios adquirirão novos significados. Mas Jan e Joan têm o seu mundo, cheio de passeios, árvores e letras com mais significado do que parece.
 Entretanto, os adultos fazem o possível para que tudo continue como sempre. Jan repara nos pormenores à sua volta e vai juntando-os para perceber o que se passa. As conversas entre avô e neto, com perguntas sem resposta e respostas sem pergunta, constroem um mosaico de cenas por onde avança a relação entre os dois, e a história de um salgueiro-chorão será o seu fio condutor.
A Memória da Árvore é um romance terno, construído de forma inteligente, que consegue colocar o leitor na pele de uma criança e que fala da transmissão de memórias, de como estas são fabricadas e conservadas, de onde se guardam e de como se podem perder.
Um livro notável, que representa também a confirmação do talento da escritora Tina Vallès.


SOBRE A AUTORA:
'Nasci em Barcelona em 1976. Desde que aprendi a escrever nunca deixei de contar histórias, primeiro aos pais e aos amigos, depois aos leitores e, desde 2009, também, e sobretudo, às minhas duas filhas, a Alba e a Mar. Publiquei as antologias de contos para adultos L’aeroplà del Raval (2006, seleção de textos do blogue homónimo), Un altre got d’absenta (2012) e El parèntesi més llarg (2013, Prémio Mercè Rodoreda de contos e narrativa), e também o pequeno romance Maic (2011). E, para o público mais pequeno e exigente, escrevi El caganer més divertit del Nadal (2011), Petita història del Palau Gu¨ell (2011) e Totes les pors (2016). Para além de escritora, sou também tradutora e revisora'

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

FILME DA SEMANA: ROMA

De regresso a este espaço para deixar o registo acerca do filme que assisti este Natal: Roma, com realização, produção e argumento de Alfonso Cuarón, Mexicano.
Roma ganhou o prémio Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e há quem diga que será nomeado para os óscares.
Surpreendeu-me pela fotografia, o filme é rodado a preto e branco, destacando-se o tempo das imagens e dos sons, que aqui se destacam de uma forma, do meu ponto de vista, poética.
Nesta história o cineasta transporta-nos de forma vívida para o dia a dia de uma família burguesa, com 4 filhos, na colónia/bairro Roma, na cidade do México nos anos 70 e decorre ao longo de cerca de um ano.
Ao longo desse ano vislumbramos a realidade social e política vivida naquela cidade.
De pendor autobiográfico, em que o cineasta retrata memórias da sua própria infância, sendo uma das quatro crianças da casa, o foco de todo o filme recai sobre o papel da empregada doméstica e ama, Cleo, indígena.
Cleo dotada de grande ingenuidade e ao mesmo tempo de uma imensa força é o centro de toda a história.
Aqui vislumbramos as suas origens e limitações em termos de oportunidades de futuro.
Sobre o papel das empregadas no contexto familiar.
Sobre as suas expetativas.
Sobre o Amor.
Sobre duas mulheres rejeitadas que se reiventam, cada uma à sua maneira, seguindo em frente.
Sobre os aviões que sobrevoam o céu como metáfora da realidade a que Cleo nunca conseguirá chegar.
Sobre os desafios diários das mulheres que lutam e sofrem sem qualquer reconhecimento.
Sobre ciclos, dualidades e desigualdades sociais.
Sobre os pilares que sustentam as famílias.
Sobre distâncias tão próximas.
Supreendeu-me este filme, já assistiram?
Uma boa reflexão e muitas interpretações metafóricas das cenas.

 
Título original: Roma
De:Alfonso Cuarón
Com:Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Diego Cortina Autrey, Carlos Peralta
Género: Drama
Classificação:M/14
Outros dados:EUA/MEX, 2018, Preto e Branco, 135 min.

Cidade do México, década de 1970. Cleo, de origem indígena, é empregada em casa de António e da sua esposa Sofia. Para além da responsabilidades domésticas, ela tem a seu cargo as quatro crianças do casal. Cleo é a primeira a levantar-se para acordar as crianças, alimentá-las e levá-las à escola e também a última a deitar-se depois de deixar tudo em ordem para o novo dia. Enquanto isso, o casamento está em ruptura e o país em mudança…
Leão de Ouro na 75.ª edição do Festival de cinema de Veneza, um filme autobiográfico filmado a preto e branco que recria uma época conturbada da História do México e uma fase importante da infância de Alfonso Cuarón (“E a Tua Mãe Também”, “Os Filhos do Homem”, “Gravidade”) que, para além da realização, acumula aqui a responsabilidade do argumento, fotografia e montagem. O elenco conta com a estreante Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Diego Cortina Autrey, Carlos Peralta, Nancy García García , Marco Graf, Daniela Demesa e Jorge Antonio Guerrero. Uma produção Netflix que mesmo assim chega às salas de cinema.

domingo, 23 de dezembro de 2018

UMA CARTA INESPERADA DE BARBARA TAYLOR BRADFORD, DA ASA

De volta a este cantinho para deixar o registo da leitura da última semana: Uma carta inesperada de Barbara Taylor Bradford, das edições ASA publicado em 2012.
Trata-se de um romance em estilo de thriller, uma vez que nos prende até à última página para a obtenção das respostas às questões com que nos vamos deparando ao longo da história, que são também as respostas que a personagem principal Justine procura.
A história desenrola-se entre Abril de 2004 e Julho de 2004 e descreve uma saga familiar, transportando-nos para a América e Istambul contemporâneos, bem como para Berlim do tempo da segunda Grande Guerra.
A escrita da autora consegue descrever muito bem os lugares, os cheiros e os sons de Istambul.
Um mistério: uma carta endereçada à mãe de Justine que, na sua ausência, é aberta pela filha e revela um segredo inesperado: afinal a sua avó está viva.
O que terá levado a mãe de Justine a mentir aos seus dois filhos dizendo que a avó teria morrido?
O que estará por detrás do comportamento distante da mãe de Justine?
Justine, com 32 anos e uma carreira próspera no setor audiovisual viaja sozinha para Istambul à procura da sua avó, sem conhecer o endereço onde a mesma se encontra.
A carta que fora escrita por uma amiga da sua avó, não possui remetente.
Inicia uma busca inteligente e fruto do acaso, visualiza na sua câmara de filmar o rosto da sua avó.
O reencontro.
Uma parte da história e das razões da separação são reveladas.
Mas só quando a sua avó olhe revela um diário sobre o seu passado sobre o qual não consegue falar, Justine compreende tudo o que se encontra por detrás da história e relacionamentos da sua família.
No entretanto, a história é pontuada também por um pouco de romance: Justine, encontra um amor à primeira vista, afinal tão próximo, que se revela um companheiro excepcional.
O livro transporta-nos também, com uma descrição tão real, para a vivência dos Judeus e seus protetores durante a segunda guerra mundial em Berlim, bem como para o papel que um país neutro como a Turquia teve nessa época ao nível do fluxo de refugiados.
A autora consegue descrever-nos de uma forma extraordinariamente vívida os lugares, sons, cheiros, emoções e carácter das personagens, de tal forma que conseguimos visualizar todo o cenário, como se de um filme se tratasse.
Um história envolta em mistério, um pouco de romance e muito drama à mistura.
Apreciei esta leitura e releria.
Já leram este livro ou outros da autora?



ISBN: 9789892319780
Edição ou reimpressão: 07-2012
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 233 x 29 mm                        
Encadernação: Capa mole Páginas: 432
Tipo de Produto: Livro                                                   
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Justine Nolan é uma mulher de sucesso com uma carreira artística fulgurante. Mas as memórias que guarda com mais carinho remontam à sua infância, um tempo que recorda como mágico. De visita a casa da mãe, Justine abre inadvertidamente uma carta que vai mudar tudo o que ela julgava saber sobre a sua família e até sobre si própria.
As revelações são tão chocantes que a jovem pede a ajuda e o conforto de Richard, o seu irmão gémeo. Juntos, resolvem descobrir a verdade custe o que custar. Mas para o fazer, ela terá de viajar até Istambul - a vibrante e sedutora cidade onde se cruzam Ocidente e Oriente. É um lugar com os seus próprios segredos e cujo magnetismo aproxima Justine de um homem fascinante que parece saber mais do que aquilo que está disposto a revelar.
E quando os enigmas ocultos durante décadas pareciam finalmente deslindados, Justine recebe um revelador livro de memórias. No coração deste diário reside a sua verdadeira identidade. Esta é a sua grande oportunidade de sarar as feridas de traições do passado e de abraçar um novo amor e uma nova vida.


SOBRE A AUTORA:
Barbara Taylor Bradford nasceu e cresceu em Inglaterra. Começou a sua carreira no Yorkshire Evening Post e trabalhou depois como jornalista em Londres. O seu primeiro romance, Uma Mulher, foi um bestseller instantâneo e, desde então, já escreveu mais vinte e seis romances. Os seus livros venderam já mais de 82 milhões de exemplares em mais de noventa países e quarenta línguas, tendo sido por diversas vezes adaptados para o cinema e a televisão. Em 2007 foi agraciada pela rainha Isabel II com a Ordem do Império Britânico pelos seus serviços à literatura. Vive atualmente em Nova Iorque com o marido, o produtor televisivo Robert Bradford. Uma Carta Inesperada é o seu primeiro romance a ser publicado na ASA.

sábado, 15 de dezembro de 2018

MARISA, QUEM ME DERA


Que mais tem de acontecer no mundo
Para inverter o teu coração pra mim
Que quantidade de lágrimas devo deixar cair
Que Flor tem que nascer
Para ganhar o teu amor

Por esse amor meu Deus
Eu faço tudo
Declamo os poemas mais lindos do universo
A ver se te convenço
Que a minha alma nasceu para ti

Será preciso um milagre
Para que o meu coração se alegre
Juro não vou desistir
Faça chuva faça sol
Porque eu preciso de ti para seguir

Quem me dera
Abraçar-te no outono, verão e primavera
Quiçá viver além uma quimera
Quiçá viver além uma quimera
Herdar a sorte e ganhar teu coração

Será preciso uma tempestade
Para perceberes que o meu amor é de verdade
Te procuro nos outdoors da cidade, nas luzes dos faróis
Nos meros mortais como nós
O meu amor é puro é tão grande e resistente como embondeiro
Por ti eu vou onde nunca iria
Por ti eu sou o que nunca seria

Quem me dera
Abraçar-te no outono, verão e primavera
Quiçá viver além uma quimera
Herdar a sorte e ganhar teu coração

domingo, 9 de dezembro de 2018

O QUE FICA SOMOS NÓS, DE JILL SANTOPOLO, SUMA DE LETRAS

Hoje passei por este meu cantinho para deixar o registo da leitura da última semana, uma edição de junho deste ano da Suma de Letras.
Foi um livro que não me motivou muito no início, contudo, com o decorrer da história foi despertando interesse no sentido de perceber a conclusão da história.
Trata-se de um história de ficção, contada na primeira pessoa da personagem principal, feminina (Lucy) e que gira em torno da importância do primeiro amor, neste caso um amor muito forte e marcante.
Lucy conta a história na primeira pessoa, em estilo de 'carta' dirigida à outra personagem central do livro, o seu primeiro grande amor, Gabe.
A ligação de Lucy e Gabe surgiu na tarde de 11-09-2001.
Jovens idealistas, com um futuro pela frente, ambos buscam um significado para as suas vidas, admirando-se mutuamente.
Iniciam um relacionamento e acabam por se separar quando Gabe decide aceitar uma proposta para trabalhar como repórter fotográfico no médio oriente.
Lucy ter-se-á sentido excluída dessa decisão e opta por não acompanhar Gabe, prosseguindo a sua carreira como guionista para crianças.
Um fosso desenha-se entre os dois, permanecendo no entanto uma ligação emocional muito forte, por vezes desconcertante, inquietante e talvez 'irracional'.
Os destinos de ambos cruzam-se ao longo de cerca de dez anos (período abrangido por este livro).
Lucy constitui família e Gabe vai tendo alguns relacionamentos e permanece mais inconstante, mantendo contacto com Lucy.
Lucy descreve a ligação com Gabe como ' ... uma paixão que transcende o tempo, o espaço e toda a lógica, um amor absorvente e poderoso, que faça sentir que estás a enlouquecer ligeiramente (...) quando te entregas a esse amor, o coração fica magoado (...) mas também te sentirás invencível e infinito...'.
Ao longo da história Lucy parece que vive um abismo no sentido em que parece que só se sente viva com Gabe.
Sobre o primeiro amor, a paixão, as escolhas e o sentido da vida.
Já leram?
Qual a vossa opinião?
Este é o segundo livro da autora que em 2017 já editou ' The light we lost'.


ISBN: 9789896655488
Edição ou reimpressão: 06-2018
Editor: Suma de Letras
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 228 x 24 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 344
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Numa luminosa manhã de fim de Verão, Lucy e Gabe encontram-se na universidade, em Nova Iorque, e apaixonam-se. Parece o começo de uma história como muitas outras, mas estamos a 11 de setembro de 2001 e, enquanto a cidade está envolta em poeira e detritos, eles beijam-se e trocam promessas. Assumem que têm de encontrar um significado para as suas vidas, tirar proveito dela, deixar uma marca. Jovens e apaixonados, pareciam ter o mundo a seus pés. Não esperavam que os seus próprios sonhos os separassem. Mas Gabe aceita trabalhar como fotógrafo de imprensa no Médio Oriente e Lucy decide continuar a sua carreira em Nova Iorque.
Treze anos depois, Lucy está numa encruzilhada. Sente a necessidade de revisitar as épocas fundamentais do seu relacionamento com Gabe, marcado por escolhas que os conduziram por diferentes caminhos, ao longo de diferentes vidas. Escolhas que, no entanto, nunca romperam o vínculo profundo que os une. Então, é chegado o momento, naquele dia... Lucy mantém um último segredo, e é hora de o revelar a Gabe. Todas as suas escolhas os conduziram até ali. Agora, uma última escolha decidirá o seu futuro.
 
SOBRE A AUTORA:
Jill Santopolo era aluna na Universidade de Columbia a 11 de setembro de 2001. Desde então, concluiu um mestrado em Ficção e construiu uma carreira de grande sucesso no mundo da literatura infantil e juvenil. Além de trabalhar no mundo da edição, é professora adjunta do programa de escrita criativa em The New School, Nova Iorque. Uma das suas paixões é viajar pelos EUA, pelo Canadá e pela Europa para falar sobre escrita e narração de histórias.

sábado, 8 de dezembro de 2018

FILME DA SEMANA: ASHRAM

Já há muito tempo que não passava por aqui para deixar o registo de um filme.
Desta vez assisti a um filme mais alternativo que prima por uma fotografia extraordinária que nos transporta para a Índia contemporânea.
A fotografia é realmente fascinante.
De resto, vamos tendo flashes de uma Índia povoada por Ocidentais em busca de retiro e de iluminação.
Em certa medida o filme retrata esse ambiente em que o turismo espiritual é muito comum.
No entanto, na pele do personagem Jaime que busca incessantemente a sua namorada que desapareceu sem deixar rasto, no seguimento da separação de ambos, percebemos que a iluminação não será mais que um caminho interior.
Deparamo-nos com uma Índia povoada de rituais, rios sagrados, gurus, seres iluminados e a crença na reencarnação.
Algum suspense para perceber se Jaime consegue descobrir o que se passou.
O final, não deixa de nos deixar com um sorriso nos lábios.
Nem todos apreciarão este filme.
Do meu ponto de vista esperava mais ação, contudo a fotografia é boa e não deixa de nos colocar algumas interrogações.
Já assistiram?
Qual a vossa opinião?


Título original:
De:
Ben Rekhi
Com:Sam Keeley, Hera Hilmar, Melissa Leo, Zachary Coffin, Manoel Orfanaki
Género:Drama, Thriller
Classificação:M/12
Outros dados:EUA/Índia, 2018, Cores, 85 min.
 

Sinopse:
Jamie é um jovem norte-americano que se aventura até uma zona remota dos Himalaias, depois de receber uma estranha mensagem de Sophie, a sua ex-namorada. Ao chegar à Índia, percebe que, antes de desaparecer, a rapariga passou vários meses numa comunidade religiosa liderada por um guru com poderes paranormais. Jamie entra para a congregação com o único intuito de a encontrar. É então que se dá conta de que naquele local existe um portal para uma dimensão paralela que pode conter o segredo da reencarnação…
Um "thriller" realizado por Ben Rekhi, segundo um argumento seu e de Binky Mendez. O elenco inclui Sam Keeley, Hera Hilmar, Kal Penn, Radhika Apte e Melissa Leo.

domingo, 2 de dezembro de 2018

A MULHER DE EINSTEIN, DE MARIE BENEDICT, DA TOPSELLER

De passagem por este meu cantinho para deixar o registo da minha leitura da semana passada: A Mulher de Einstein, de Marie Benedict, da Topseller, sob a chancela da 2020editora, editado em Maio 2018.
Trata-se de uma obra de ficção acerca da vida e obra de Mileva Maric, primeira esposa de Eisntein, tendo por base uma pesquisa da autora a registos históricos, cartas, artigos e livros.
Tudo terá partido de uma curiosidade da autora quando ajudava o seu filho num trabalho sobre o livro infantil, quem foi Albert Einstein?.
De facto, Mileva Maric, natural da Sérvia, cursou física em Zurique na Suíça, algo muito invulgar para a época.
O livro fala-nos na voz de Mileva Maric e leva-nos para os seus pensamentos, sonhos, projetos, em suma, transporta-nos para o seu íntimo.
Por outro lado, a autora efetua também um retrato histórico e social da época.
Sem dúvida, que Milena Maric, um pouco diferente das outras raparigas, mas fruto de uma posição social favorável, teve uma educação familiar determinante onde se salienta o papel do seu pai para o seu ingresso nos estudos superiores.
Inteligente, mas com uma pequena diferença física, que a poderia limitar para uma vida convencional, dominar a física e matemática eram os pilares a seguir por Milena, tornando-se uma investigadora ou professora Universitária.
Enfrentou o preconceito social não só durante os estudos (onde era a única mulher numa turma de 5 alunos), mas também ao longo da vida, onde conciliar a vida familiar com uma carreira científica parecia impossível.
O livro fala-nos sobre o dia a dia de Milena descrevendo as suas grandes lutas, de Outubro de 1896 a julho de 1914 passando por Zurique, Vake do Shil, Stein am Rhein, Berna, Vale de Engadine na Suíça, Kac na Sérvia, Heidelberg na Alemanha, Lago de _como na Itália, Salzburgo na Áustria, Praga na Checoslováquia, Paris França e Berlim na Alemanha.
O prólogo transporta-nos para a voz de Milena em agosto de 1948.
Determinada a licenciar-se em física, eis que se deixa fascinar a pouco e pouco pelo colega de curso Einstein, que lhe prometendo uma parceria de vida e científica, terá condicionado as suas escolhas.
Só que o companheirismo científico não terá sido o esperado tornando a luta de Mileva muito maior.
Sobre a prossecução de um sonho, o preconceito, a resilência ao longo da vida e como a todo o momento as escolhas podem ditar o futuro.
Vislumbramos neste livro aquilo que poderão ter sido as escolhas de Milena num percurso ditado de muito trabalho, desilusões e perdas.
Einstein revela-se muito para além do brilhante cientista, numa visão inquietante e egoísta.
Milena viu-se de repente em circunstâncias que a levaram a renunciar à sua licenciatura e ao futuro que sonhara. Prescindiu dos seus objetivos a favor do percurso académico e profissional de Eisntein. Sofreu profundas decepções que a relegaram para segundo plano na história.
Brilhante matemática e física, qual terá sido o seu verdeiro papel nas descobertas científicas de Einstein?
O que terá ditado o rompimento da relação?
Este livro fala-nos de escolhas.
Uma leitura emocionante e ao mesmo tempo comovente.
Sem dúvida que relerei este livro, pelo que recomendo vivamente.
Um dos meus preferidos deste ano 2018.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789898917089
Edição ou reimpressão: 06-2018
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 228 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 304
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Em 1896, Mileva Maric, uma mulher extremamente inteligente, é a única estudante do sexo feminino a frequentar o curso de Física numa universidade de elite em Zurique. É aí que se apaixona pelo colega Albert Einstein, com quem acaba por casar e ter três filhos. Apesar da total dedicação aos filhos, Mileva nunca abandona a sua paixão pela ciência, trabalhando em conjunto com o marido e contribuindo para estudos científicos tão importantes como a Teoria da Relatividade.
Contudo, por nunca ter concluído a licenciatura, todo o mérito dos artigos que escreve com o marido é-lhe atribuído a ele. À medida que a fama de Albert Einstein aumenta, cresce também o receio de Mileva de que as suas próprias ideias científicas permaneçam para sempre sob a sombra do marido, com quem mantém uma relação cada vez mais conturbada.
A Mulher de Einstein é um romance, inspirado em factos reais, que relata a história da primeira mulher de Einstein, uma cientista brilhante cuja contribuição para a Teoria da Relatividade continua a ser altamente debatida.

SOBRE A AUTORA:

Marie Benedict é uma advogada norte-americana com mais de dez anos de experiência. Além de tirar a licenciatura em Direito, formou-se também no Boston College em História e História da Arte. Marie sempre sonhou em desenvolver trabalhos que pudessem dar a conhecer a vida e os feitos de grandes mulheres da História. Quando começou a escrever, teve finalmente essa oportunidade.
É também a autora dos romances históricos The Chrysalis, The Map Thief e Brigid of Kildare, assinando com o nome Heather Terrell.
Atualmente, vive em Pittsburgh com a família.

Este é o primeiro livro da autora.

LINK DE UMA ENTREVISTA DA AUTORA ACERCA DESTE LIVRO

ALWAYS REMENBER US THIS WAY, LADY GAGA, A NEW STAR IS BORN

 
That Arizona sky burning in your eyes
You look at me and, babe, I wanna catch on fire
It's buried in my soul like California gold
You found the light in me that I couldn't find
So when I'm all choked up
But I can't find the words
Every time we say goodbye
Baby, it hurts
When the sun goes down
And the band won't play
I'll always remember us this way
Lovers in the night
Poets trying to write
We don't know how to rhyme
But, damn, we try
But all I really know
You're where I wanna go
The part of me that's you will never die
So when I'm all choked up
But I can't find the words
Every time we say goodbye
Baby, it hurts
When the sun goes down
And the band won't play
I'll always remember us this way
Oh, yeah
I don't wanna be just a memory, baby, yeah
When I'm all choked up
But I can't find the words
Every time we say goodbye
Baby, it hurts
When the sun goes down
And the band won't play
I'll always remember us this way, oh, yeah
When you look at me
And the whole world fades
I'll always remember us this way
Compositores: Hillary Lindsey / Lori McKenna / Natalie Hemby / Stefani Germanotta
Letras de Always Remember Us This Way © Sony/ATV Music Publishing LLC

domingo, 25 de novembro de 2018

CATARINA, DE MARCO DE BARROS, DA CHIADO BOOKS

De regresso a este meu espaço para deixar o meu testemunho do último e-book que li na semana passada e que foi gentilmente cedido pela Chiado Books: Catarina.
A temática deste livro foi diferente relativamente às minhas últimas leituras: trata-se de uma história de ficção, com uma escrita muito descritiva, que nos transporta para os acontecimentos que marcaram o dia a dia de várias gerações de uma família portuguesa, igual a tantas outras, num meio mais pequeno.
Fio condutor de toda a história e também personagem principal do livro é Catarina.
Somos transportados para os dias que antecedem o seu nascimento e enquadram a vida da sua mãe, depois assistimos à sua tenra infância, juventude e idade adulta. Um retrato social muito vívido.
Não querendo revelar a história, devo apenas sublinhar que este livro, no limite,  aborda a problemática do sentimento de rejeição, que pode surgir na mais tenra infância, fruto muitas vezes de um mal entendido.
Somos levados a refletir como o sentimento de rejeição gera um bloqueio que se arrasta por toda a vida de uma pessoa, condicionando e moldando o destino de Catarina e também inevitavelmente o destino dos seus familiares.
Após conhecer esta história coloquei a seguinte questão: como deverá uma pessoa que se sente rejeitada ultrapassar esse sentimento de forma a que a sua personalidade e ações não fiquem condicionadas de forma irremediável. Decerto nunca será tarde para procurar ultrapassar esse problema.
Tratou-se de uma leitura muito fácil e que desperta para questões mais profundas.
Já leram este livro ou conhecem o autor?
Deixem o vosso feed-back.
Beijinhos e até um dia destes.

https://www.chiadobooks.com/livraria/catarina

Data de publicação: Outubro de 2018
Número de páginas: 240
ISBN: 978-989-52-3542-1
Colecção: Viagens na Ficção
Género: Romance
Idioma: PT

  
SINOPSE:
Uma família de campo dos anos cinquenta do seculo XX.  Uma vida normal; trabalho, lar, filha. Adaptação às mudanças de estilo de vida na segunda metade desse século. Um evento desejado e acarinhado por todos...  Mas algo inesperado acontece.
Uma interpretação errada pode marcar, indelevelmente, quatro gerações seguidas de uma família?
Pode! 

SOBRE O AUTOR:
"Nasci aos 27 dias de Junho de 1965, na cidade de Maracay, na Venezuela. Estudei nessa cidade até ao décimo primeiro ano e vim  para o  Funchal viver em Abril de 1984. Filho de emigrantes madeirenses que tentaram a sua sorte em terras latino-americanas e que decidiram voltar à terra natal quando o dinheiro  já não compensava a insegurança.  Divorciado, pai de duas meninas, trabalho na indústria farmacêutica desde 1990, exercendo as minhas funções na Região. O  amor que conheci em julho de 2014  fez despertar em mim a escrita. Esta é a segunda obra desse amor."

A primeira obra do autor foi 'Menino' editada em Maio de 2017.

LILIAN, BEMVINDO AMOR PRÓPRIO

 
Algo bom em mim se modificou
Vibro a sensação, gosto da canção
É um grande amor
Vou descomplicar nosso bem querer
Posso perdoar, posso aceitar
Eu amo você
Não me perco mais
Sei que sou capaz
Tenho meu abrigo
Vou pedindo proteção
Eu não canto em vão
Se precisar eu grito
Assim como a si mesmo
Isso de se amar não é brincadeira
Ninguém dá o que não tem
Sou o meu amor pela vida inteira
Algo bom em mim se modificou
Posso perdoar, posso aceitar
Sou o meu amor

domingo, 18 de novembro de 2018

PRAÇA DO ROSSIO, N.º 59, DE JEANNINE JOHNSON MAIA, DA CASA DAS LETRAS

De regresso a este cantinho para deixar a minha impressão sobre a última leitura: um romance histórico que se passa durante apenas nove dias do mês de Abril de 1941, em Lisboa.
De uma forma extremamente realista, a autora transporta-nos para o universo de Claire (uma jovem refugiada francesa com apenas 17 anos que chega a Lisboa proveniente de Marselha) e de António (um jovem que trabalha no café Chave de Ouro no Rossio e que vive com a sua avó na Mouraria).
O livro é escrito a duas vozes para a vivência dos 2 jovens numa Lisboa que constituía a última rota de fuga para outros destinos como o Brasil ou os Estados Unidos da América.
Interessante é a nota de abertura de cada um dos nove dias ao longo dos quais decorre a história:  notícias reais do Diário de Notícias daqueles mesmos dias.
Lisboa respirava intriga, espionagem e contra-espionagem, crimes e mistério.
Trata-se por isso de uma história envolvente e de alguma forma comovente.
Para obterem um visto de trânsito por 3 meses, era necessário o visto de saída de França, o visto de trânsito em Espanha, o visto do país de acolhimento e uma passagem marítima confirmada e paga.
Os refugiados chegavam a Lisboa por comboio e por barco. Partiam de barco num oceano Atlântico patrulhado por submarinos alemães prontos a afundar os navios que se dirigiam aos EUA que tomavam a posição de forças aliadas.
Em Lisboa várias agências humanitárias ajudavam no que podiam o acolhimento dos refugiados durante os dias que estes aguardavam pelo navios. Consta que naquela época eram longas as filas nos correios da Praça do Comércio para se saber de notícias dos familiares que tinham ficado para trás, bem como nos consulados dos países de destino, tal como nos escritórios das agências de navegação.
Cafés, bordéis, hotéis ou transmissores de rádio eram o palco de espionagem e contra-espionagem onde as movimentações bélicas maiores dos aliados e das forças alemãs eram influenciadas e determinadas.
Neste contexto, Claire investiga acerca de duas crianças refugiadas que chegam órfãs a Lisboa e António investiga acerca de um amigo, cliente do Chave de Ouro.
Num ápice, os seus destinos cruzam-se e vêm-se envolvidos numa trama de mistério, perseguição, tendo que decidir, no limite, entre o seu amor ou a força do 'dever'.
Como as expetativas de vida são moldadas fortemente pelo contexto em que vivem Claire e António.
Considero uma história apaixonante, de leitura muito fácil num suspense crescente para descobrirmos o desenrolar da história dos dois personagens principais. Somos praticamente transportados para a tela de um filme!
Aliás, do meu ponto de vista, este livro daria um bom filme!
Recomendo e releria de novo.
Já leram este livro?
Qual a vossa opinião?




ISBN: 9789897419225
Edição ou reimpressão: 05-2018
Editor: Casa das Letras
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 233 x 22 mm
Encadernação: Capa mole 
Páginas: 328

SINOPSE:
Lisboa, abril de 1941. Em apenas nove dias, as vidas de uma mulher e de um homem mudarão para sempre. Vinda de Marselha, Claire, uma franco-americana de 17 anos, desembarca do comboio na estação do Rossio. À chegada, o seu caminho cruza-se - de maneira pouco agradável - com o de um jovem empregado do café Chave d’Ouro. Desenhador (e carteirista) nos tempos livres, António testemunha em primeira mão e tira partido dos conluios entre os espiões que se passeiam livremente pela capital portuguesa.

Enquanto aguarda pela família, na esperança de poderem partir juntos para os Estados Unidos, Claire vai à procura de duas crianças separadas dos pais à força e abandonadas à sua sorte, que transportam, sem saber, um segredo perigoso. António, chocado com o assassinato de um amigo, refugiado alemão raptado pela PVDE, tenta descobrir o responsável pelo crime. As investigações de ambos - e as suas vidas - vão cruzar-se, sem apelo nem agravo, à medida que descobrem que os desaparecimentos estão relacionados com um objeto que os nazis procuram em Lisboa.

Numa cidade repleta de espiões, intrigas e traição, a posse de tal objeto pode representar uma sentença de morte. Mas pode ser bem mais angustiante ter de decidir entre o amor e o dever.

SOBRE A AUTORA:
Antes de se mudar para Portugal, Jeannine Johnson-Maia trabalhou como jornalista na Bélgica e em Washington, D.C.
Na qualidade de assessora de imprensa, integrou a missão norte-americana junto da União Europeia, em Bruxelas.
Estudou nos Estados Unidos e em Itália, ensinou Inglês em França e viveu em Cabo Verde.
A atração pelas viagens e pelas complexas relações entre os países começou a ganhar forma nos tempos do liceu, graças, em parte, a uma fascinante fotografia do monte de Saint-Michel na capa de um belo livro.
Com o tempo, esses interesses levaram-na a licenciar-se em Política Externa pela Universidade de Virgínia (EUA), a concluir um mestrado em Economia, Estudos Europeus e Relações Internacionais, na Johns Hopkins School of Advanced International Studies (EUA) e a obter um segundo mestrado em Escrita Criativa na Universidade de Lancaster (Reino Unido).
Jeannine aprecia particularmente temas históricos, andando sempre em busca da história por detrás da História.
Fanática por Ted Talks, acha que os passeios à beira-mar são a melhor forma de terapia.
Vive no Porto, cidade que considera irresistivelmente fotogénica.
Praça do Rossio, N.º 59 é o seu primeiro romance.



AVRIL LAVIGNE, HEAD ABOVE WATER

 
I've gotta keep the calm before the storm
I don't want less, I don't want more
Must bar the windows and the doors
To keep me safe, to keep me warm
Yeah, my life is what I'm fighting for
Can't part the sea, can't reach the shore
And my voice becomes the driving force
I won't let this pull me overboard
God, keep my head above water
Don't let me drown, it gets harder
I'll meet you there at the altar
As I fall down to my knees
Don't let me drown, drown, drown
Don't let me, don't let me, don't let me drown
So pull me up from down below
'Cause I'm underneath the undertow
Come dry me off and hold me close
I need you now, I need you most
God, keep my head above water
Don't let me drown, it gets harder
I'll meet you there at the altar
As I fall down to my knees
Don't let me drown, drown, drown
Don't let me, don't let me, don't let me drown
Don't let me drown, drown, drown
Keep my head above water, above water
And I can't see in the stormy weather
I can't seem to keep it all together
And I, I can't swim the ocean like this forever
And I can't breathe
God, keep my head above water
I lose my breath at the bottom
Come rescue me, I'll be waiting
I'm too young to fall asleep
God, keep my head above water
Don't let me drown, it gets harder
I'll meet you there at the altar
As I fall down to my knees
Don't let me drown
Don't let me drown (don't let me, don't let me, don't let me drown)
Don't let me drown (don't let me, don't let me, don't let me drown)
Keep my head above water, above water

sábado, 10 de novembro de 2018

PARA SEMPRE, DE JUDITH MCNAUGHT, ASA

De regresso a este cantinho para deixar o registo da leitura da última semana.
Este romance foi o primeiro livro que li da autora.
Foi editado em 2004 e é o primeiro romance da autora editado em Portugal.
Considero a capa desta edição muito bonita.
A autora prende-nos à história através de algum suspense que cria em torno da personagem principal, a jovem Americana Victoria, que por circunstâncias da vida se vê a braços com a família de sangue que nunca conheceu e nem sequer ouvira falar.
Conseguimos perceber, através do livro, algumas das diferenças do quotidiano e convenções sociais que separavam a vivência na América da vivência na Inglaterra, nos primeiros anos do século XIX. 
A história transporta-nos, juntamente com Victoria, para a Inglaterra Burguesa da alta sociedade. Conseguimos vislumbrar através da descrição das atividades dos personagens e de toda a envolvente, como o quotidiano decorreria naquele tempo e naquele contexto.
Onde não se conseguia esconder quase nada pois, inevitavelmente, a criadagem percebia todos os pormenores, acabando mais tarde ou mais cedo por comentar e revelar o que se passava.
Sobre o casamento e o papel da mulher.
O livro centra-se como referi anteriormente, numa personagem feminina dotada de uma personalidade forte e irreverente, que procura muito bem disfarçar as suas fraquezas e que inteligentemente vai gerindo tudo o que lhe  sucede.
Tratando-se de um romance, claro que estamos sempre à espera de um final de alguma forma previsível.
Contudo, vemo-nos envolvidos, tal como Victoria, a tentar compreender o que leva o outro personagem principal, Jason, a ter determinadas atitudes. Jason acaba por se revelar um personagem um pouco desconcertante e frio.
Ao longo da história vamos descobrindo detalhes do seu passado e que terão moldado a sua personalidade.
A história vai sendo pontilhada com diálogos desafiantes e com algum sentido de humor.
Um acontecimento a meio da história é inevitavelmente marcante para Victoria.
O leitor acaba também por ficar preso àquele acontecimento que desperta uma enorme curiosidade para se perceber o desenrolar da história.
Uma personagem do passado ressurge e tudo fica em aberto.
Que opções serão tomadas?
A razão ou o coração?
A leitura é fluida e prende-nos até à última página.
Algum drama, romance, alguma pitada de humor e também algumas cenas um pouco mais apimentadas.
Já leram este livro?
Gostaram?
Recomendam outros livros da autora?


             

ISBN: 9789892328317                    
Edição ou reimpressão: 09-2014
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 232 x 30 mm
Páginas: 448
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Victoria Seaton cruzou um oceano. Para trás, deixou tudo o que amava. A sua cidade, Nova Iorque. Andrew, o homem dos seus sonhos. E a casa onde nasceu, agora tristemente vazia após a morte súbita dos pais.
Desamparada, Victoria não tem outra solução que não rumar ao desconhecido. A Inglaterra, um país que que nunca visitou. Aos aristocráticos Fielding, uma família que nunca viu e à qual pertence apenas no papel. A uma herança que não sabia existir. O seu único conforto é a sua irmã Dorothy, a quem protege fingindo ser a mulher corajosa que, intimamente, teme não ser. A alta sociedade britânica rapidamente a põe à prova com as suas regras rígidas, tão diferentes dos modos calorosos e simples do seu país natal. Igualmente impenetráveis são as reacções da família. Quando conhece a avó - a duquesa de Claremont - Victoria não percebe o porquê do seu olhar venenoso e a sua obstinação em acolher apenas Dorothy. As irmãs acabam por ser separadas e Victoria fica à mercê do jovem lorde Jason Fielding, seu primo afastado. Jason é um homem frio, sensual e implacável. Nos salões da moda, é o alvo de todas as atenções, a chama que atrai homens e mulheres, o "felino selvagem entre gatinhos domésticos". Ele permanece um mistério aos olhos de Victoria, que recusa submeter-se às suas ordens ríspidas. Por seu lado, Jason não sabe como reagir ao temperamento explosivo da jovem americana. A relação de ambos é tão excitante quanto impossível. Sobre ela paira - negra e omnipresente - a sombra do passado com os seus mistérios, segredos e crimes…


SOBRE A AUTORA:
Judith McNaught nasceu nos Estados Unidos. Antes de se dedicar inteiramente à escrita, teve uma carreira profissional muito diversificada, tendo sido a primeira mulher a trabalhar como produtora executiva na rádio da CBS. Atualmente, a sua obra é publicada um pouco por todo o mundo e já vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Vive em Houston, Estados Unidos.