Este filme foi baseado no livro autobiográfico e bestseller de 2005 da autora Jeannette Wall, que retrata a história verídica acerca da sua infância, juventude e inicio idade adulta, no seio de uma família disfuncional, muito humilde, que se distancia dos padrões normais aceites pela sociedade.
Aborda temas como a pobreza, o álcool e opções de vida.
Com uma carga emocional inevitável, mostra-nos como o consenso de que um filho bem sucedido deriva obrigatoriamente do método de criação dos pais ou de uma estrutura familiar bem sucedida, pode estar errado.
Por outro lado, leva-nos a refletir como a forma de educar do pai de Jeannette foi influenciada pela sua criação, atitudes disfuncionais aliadas a um gosto por leitura e conhecimento.
Como apesar das dificuldades, a criatividade e imaginação foram a luz que permitiram ultrapassar os sucessivos obstáculos, alimentando o sonho de um lar feliz, o castelo de vidro, que a todos servisse e agradasse.
Um estilo de vida que visava ficar longe da opressão do sistema económico.
Como a determinada altura, os filhos rompem o ciclo e deixam de se identificar com os pais e procuram fugir daquilo que os oprime, atitude que não deixa de se traduzir numa imitação dos pais.
No final todos acabam por se agregar no que se recusavam aceitar.
Este filme leva-nos a refletir no papel da educação dos pais e até que ponto acabamos por ser parecidos com os nossos pais.
Como no meio das dificuldades se criam universos mágicos, grandes como um Castelo, mas na realidade e verdade, frágeis como o vidro.
Silêncios que vão corroendo. Muita dor e frustração aliviadas pontualmente por momentos de dedicação e amor.
Uma excelente sugestão para este fim de semana.
Será este filme nomeado para os óscares?
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