Dicas da Lu: Leitura
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domingo, 18 de julho de 2021

ENQUANTO SALAZAR DORMIA, DE DOMINGOS AMARAL, PELA BIIS, LEYA


Este livro mergulha-nos no contexto geopolítico Português na primeira metade dos anos 40 em que em Portugal e em diversos pontos do território, em particular em Lisboa, operavam redes de espionagem e contraespionagem que procuravam defender as diferentes posições dos diferentes lados do conflito no contexto das manobras Atlânticas.

O livro encontra-se dividido em três partes e um prólogo, ao longo de 397 páginas e prende-nos a atenção pela aventura que encerra.

Com início em Fevereiro de 1941 e fim em Maio de 1945, cada parte com o nome de uma amante de um português (Mary, Alice e Anika), que pela sua posição privilegiada por deter uma companhia de navegação, se vê envolvido num conjunto de missões secretas ao serviço do MI6 Britânico.

Percebemos como a posição de Portugal caminhava 'sobre vidros'  num ambiente em que ocorriam resgates de aviadores ingleses, batalhas entre aviões das duas facções relacionadas com os comboios de navios que passavam pela costa portuguesa, a ação da polícia política e como se consolidou a influência da América no curso dos acontecimentos.

Uma história que poderia muito ser adaptada para o cinema ou série televisiva como se chegou a falar, mas julgo que a adaptação acabou por não ser concretizada.

Faria justiça a um passado recente do nosso País que também não deveria ser esquecido.

Já leram?

Qual foi a vossa opinião?

                

 

ISBN: 9789896600518
Editor: BIS
Idioma: Português
Dimensões: 125 x 189 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 400
Tipo de Produto: Livro
Coleção: BIS
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

 

SINOPSE:
Lisboa, 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância. Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que actuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde. Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade. Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam "enquanto Salazar dormia", como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6. Num país dividido, os homens tornam-se mais duros e as mulheres mais disponíveis. Fervem intrigas e boatos, numa guerra suja e sofisticada, que transforma Portugal e os que aqui viveram nos anos 40

 

SOBRE O AUTOR: 
Domingos Amaral nasceu a 12 de outubro de 1967, em Lisboa. É pai de quatro filhos, três raparigas e um rapaz. Formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, onde é atualmente professor da disciplina de Economia do Desporto (Sports Economics), tem também um mestrado em Relações Económicas Internacionais, pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Durante muitos anos foi jornalista, primeiro no jornal O Independente, onde trabalhou durante 11 anos, tendo depois sido diretor das revistas Maxmen, por sete anos, e GQ, durante quatro anos. Atualmente, é administrador da Escola Ave Maria e comentador na SportTV.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O FALADOR DE MÁRIO VARGAS LLOSA, PELA BIIS, LEYA

Mais uma leitura recomendada pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário.
Nunca tinha lido nada deste autor.
Trata-se de uma edição de Janeiro de 2011 com 251 páginas e 8 capítulos, contada a duas vozes de forma alternada: Saul Zurata mais conhecido como o mascarilla por apresentar um sinal de nascença na face e o outro narrador contemporâneo ex-colega de escola de Saul em Lima no Peru.
A leitura não é muito fácil pois a personagem e a voz de Saul Zurata mergulha-nos na selva amazónica e na vivência das tribos peruanas bem como no seu imaginário e crenças que aos olhos dos ocidentais parecem irracionais.
Mas a história vai mais além, ambas as personagens buscam e movimentam-se em contínuo em direção a compreenderem o seu propósito de vida, ambos partindo de Lima onde estudaram e foram colegas no curso superior de Etomologia. 
Saul junto das tribos peruanas amazónicas e o narrador no seu percurso que se cruza com a Europa, em Florença 
Uma história que discute a preservação da natureza e da antropologia nativa num mundo em constante mutação.
Uma história que discute o sentido e o propósito do indivíduo e nos leva a refletir sobre o contexto do enquadramento da deformidade física nas sociedades.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789896600747
Edição: 01-2011
Editor: BIS
Idioma: Português
Dimensões: 124 x 188 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 256
Tipo de Produto: Livro
Coleção: BIS
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Romance de dois mundos e duas linguagens, O Falador, de Mario Vargas Llosa, é uma obra que de novo arrasta os leitores para o interior do universo de magia e exotismo próprio do grande escritor peruano. Trata-se de uma ficção que sistematicamente contrapõe os ambientes da selva e da cidade, espelhando desse modo duas atitudes opostas face à vida e aos seus valores. Um narrador moderno e racional e o contador de histórias de uma tribo amazónica asseguram e estruturam em alternância o desenvolvimento do relato.

SOBRE O AUTOR:

Mario Vargas Llosa nasceu em março de 1936, em Arequipa, no Peru. Aos 17 anos decide estudar Letras e Direito e, no ano seguinte, casa com a sua tia Julia Urquidi – assegurando a subsistência com trabalhos muito diversos, como conferir e rever nomes de lápides, escrever para rádio ou catalogar livros.
Em 1959 abandona o Peru e, graças a uma bolsa, ingressa na Universidade Complutense de Madrid, onde conclui um doutoramento que lhe permite cumprir o sonho de, um ano depois, se fixar em Paris.
Aí, sempre próximo da penúria, foi locutor de rádio, jornalista e professor de Espanhol. Por esse tempo tinha apenas publicado um primeiro livro de contos.
Regressado ao Peru em 1964, divorcia-se de Julia Urquidi e casa-se no ano seguinte com a sua prima Patricia Llosa, com quem parte para a Europa em 1967 (depois de ter publicado A Casa Verde, em 1966).
Até 1974 viveu na Grécia, em Paris, Londres e Barcelona – após o que regressa ao Peru. Em Lima pode, finalmente, dedicar-se em exclusivo à literatura e ao jornalismo, nunca abandonando a intervenção política, que o levou a aceitar a candidatura à presidência da República em 1990.
Vive em Londres desde essa época, escrevendo romances, ensaios literários, peças jornalísticas e percorrendo o mundo como professor visitante em várias universidades.
Entre os muitos prémios que recebeu contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986) ou o Cervantes (1994).
Em 2010, foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura.



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A BICICLETA QUE FUGIU DOS ALEMÃES, DE DOMINGOS AMARAL, PELA CASA DAS LETRAS

Uma leitura do início do mês de Agosto, A bicicleta que fugiu dos Alemães, um livro de Domingos Amaral, numa edição de Maio de 2019 pela Casa das Letras.
A história encontra-se estruturada em 353 páginas, 52 capítulos e 5 partes: adeus Paris (que se passa de 3 a 13 junho de 1940 em Paris), volta a França (13 junho a 24 junho de 1940 de Paris, Orleães, Chenonceau, Poitiers, Bordéus a Bayonne), desencontros (24 junho a 1 julho 1940 Hendaia, San Sébastian, Guernica, Salamanca, Hendaia, Fuentes de Onoro, Pau), negócios arriscados (2 de julho a 26 agosto 1940 Vilar Formoso, Guimarães, Figueira da Foz, Gurs, Lisboa), as andorinhas/les hirondelles (15 setembro 1940 a abril de 1941 Gurs, Lisboa, Pau, Gurs, Lago de Fabréges, Lisboa).
A narrativa encontra-se contada na voz do primo da personagem principal que reside em Lisboa, tendo presente o que lhe foi revelado por Carol e também pela enfermeira Mary Bowls que operava infiltrada para resgatar soldados ingleses dos campos de prisioneiros franceses.
A personagem principal é Carol, uma jovem portuguesa com cerca de 21 anos que estuda literatura em Paris na universidade de Souborne e que é apaixonada pela sua bicicleta da marca Hirondelle.
Carol vê-se de repente com a premente necessidade de abandonar Paris face à proximidade dos exércitos alemães em junho de 1940.
Em simultâneo, a sua amiga Sara, também de uma família abastada, vê-se separada dos pais, sendo o seu pai perseguido pela gestapo.
Sara, o irmão e a governanta fogem num citrõen azul, tal como muitos residentes da cidade.
Carol também abandona a cidade na sua bicicleta hirondelle e acompanhada de Rover, um piloto inglês que perdeu uma mão num raid aéreo, bem como do gato cego Chamberlain. Carol resgatou ambos de uma hospital que havia sido evacuado e onde ficaram apenas Rover à beira do suicídio e o seu gato.
Trata-se de uma extraordinária história de coragem, amizade e determinação, ousadia e entrejuda, onde a lealdade é muitas vezes posta à prova em função do sentido de sobrevivência. 
Enfrentaram todos os perigos como as metralhadoras da aviação alemã que dizimaram estradas inteiras, ou os elementos da gestapo, espionagem e contra-espionagem.
Percorremos através desta história o caminho trilhado por milhares de refugiados e todas as dificuldades sentidas.
O porto de Bordéus é fechado, o processo de obtenção de vistos para a entrada em Portugal através de Aristides de Sousa Mendes, a gestão dos comboios de refugiados também controlada pelos alemães, o exílio e a passagem por Portugal rumo às Américas.
Uma história sobre sacrifício em prol da reunião familiar.
Sobre a liberdade e o sentido da vida.
Um livro que apesar de encerrar uma história de ficção é revelador de muitas histórias reais nunca contadas, vividas por muita gente naquela época.
Apesar da seriedade do tema, considero que valeu a pena a leitura, que foi fluída e entusiasmante para perceber o rumo da história e da vida dos personagens, sendo o final um pouco surpreendente por não esperado.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789897801242
Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: Casa das Letras
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 233 x 24 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 352
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Nos primeiros dias de junho de 1940, a população de Paris entra em pânico, pois os exércitos de Hitler aproximam-se. De carro, de camioneta, de carroça ou a pé, mais de cinco milhões de pessoas fogem da capital francesa.
Entre a multidão apavorada encontra-se Carol, uma portuguesa estudante na Sorbonne, que deixa Paris contrariada e ao volante da sua bicicleta Hirondelle.
Sempre em fuga e receosos da Gestapo, alguns deles conseguirão vistos de entrada em Portugal, passados por Aristides Sousa Mendes e chegarão a Vilar Formoso, onde a fronteira fechou por ordem de Salazar.
Uma história de amizade, sexo, solidariedade e amor, de uma rapariga portuguesa cujos sonhos eram apenas estudar literatura, namorar e pedalar feliz pelos boulevards de Paris.



SOBRE O AUTOR:
Domingos Amaral nasceu a 12 de outubro de 1967, em Lisboa. É pai de quatro filhos, três raparigas e um rapaz. Formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, onde é atualmente professor da disciplina de Economia do Desporto (Sports Economics), tem também um mestrado em Relações Económicas Internacionais, pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Durante muitos anos foi jornalista, primeiro no jornal O Independente, onde trabalhou durante 11 anos, tendo depois sido diretor das revistasMaxmen, por sete anos, e GQ, durante quatro anos. Atualmente, é administrador da Escola Ave Maria e comentador na SportTV.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A FÁBRICA DE BONECAS, DE ELIZABETH MACNEAL, PELA TOPSELLER

Colocando em dia mais uma leitura de Julho, o romance histórico repleto de suspense, A Fábrica de Bonecas, o primeiro romance de Elizabeth Macneal, publicado em Maio de 2019 pela Topseller, com a chancela da 2020 Editora.
Confesso que este livro me surpreendeu.
O livro foi premiado com o Caledonia Novel Award em 2018, tendo sido os direitos televisivos já adquiridos pela produtora Buccaneer Media.
A história passa-se ao longo de aproximadamente 2 anos e meio (Novembro de 1850 a Maio de 1852) e encontra-se dividida em 3 partes.
A 1º parte encontra-se dividida em 10 capítulos que nos vão apresentando os personagens, o contexto em que vivem e as suas inquietações (a loja de curiosidades antigas e modernas de Silas Reed, o rapaz, o empório de bonecas da Sra. Salter, os cachorrinhos, a pintora, a grande exposição, o ladrãozeco, a grande despesa, IPR, a discussão).
A 2ª parte encontra-se estruturada em 44 capítulos, onde se começam a desenhar os contornos da história (o megalossauro, a correspondência, a fábrica, um par de cartas, o pintarroxo, o caixão, a guta e a garança,  leão, a bugiganga, o patinador no lago, a rainha, o casebre, o marfim de dugongo, o lamento do vombate, o luar, semelhante, as flores, o pastor, uma criança, as perguntas, Claude, a mácula, Sylvia, a borboleta, o osso, o cavalheiro, a contemplação, o bilhete, o palácio de cristal, a faca, a visita pré-inaugural, ao nível dos olhos, os ratos, os telhados, a cave, os dentes, uma crítica e uma resposta, a doença, Edimburgo, o cabriolé, a pulga, Lumley Court, a charrete).
A 3º e útlima parte desenrola-se ao longo de 19 capítulos e é onde a acção atinge o seu clímax (p séjour, o silencio, as trufas de caramelo, a clavícula, a colheita de amoras, o vestido, uma companheira, a escuridão, a madame, Guigemar, o bicho, os olhos de vidro, o pão doce de groselha, a campainha, o pombo, a academia real, a água, a agulha, o armário de borboletas).
Finalmente, a encerrar o livro temos a crítica a um quadro pela Academia Real publicada na London News a 22 de Maio de 1852.
A narrativa passa-se nos anos 50 do século XIX em Londres Vitoriana e aborda as discrepâncias de classes, de oportunidades e em que medida a liberdade individual é condicionada por esse contexto.
A personagem principal é a jovem Iris que ficou com uma clavícula sobressaída à nascença, irmã gêmea de Rose, a quem o futuro parecia sorrir, pelo que Iris sentia-se sempre na sombra da irmã.
Até que Rose aos 16 anos sofre de varíola e fica com bastantes marcas no corpo e no rosto, tendo perdido a visão de um olho.
A partir daí foi Rose quem passou a ser ostracizada e sem perspectivas de futuro, sentido Iris a responsabilidade pela condução do futuro da irmã.
Encontramos ambas as irmãs a trabalhar na fábrica de bonecas da senhora Salter, decorando bonecas de porcelana.
Mergulhamos no seu quotidiano e percebemos a relação entre irmãs, o ambiente com a senhora Salter e também a relação com os pais.
Iris tem talento para a pintura, que acaba por não poder desenvolver devido ao contexto social em que se encontra.
Albie é um pequeno rapaz a quem tudo falta e que procura de todas as formas ganhar algum dinheiro para o sustento do dia a dia para si e para a sua irmã que se vê obrigada a prostituir nas mais decrépitas condições por uma questão de sobrevivência pois está sozinha com o irmão.
Albie costura pequenas roupas para a fábrica de bonecas, sentindo grande empatia por Iris.
Em paralelo, Albie vende todo o animal morto que encontra ao taxidermista Silas Reed.
Silas Reed, o antagonista da história, também não teve uma infância facilitada e desde cedo se interessou pela taxidermia, acalentando o sonho de abrir uma exposição com raridades, sendo reconhecido no meio.
Contudo, na sua loja, acaba por conseguir ganhar a vida embalsamando borboletas que vende às senhoras da alta sociedade, a par de outros animais embalsamados que vende a pintores para servirem de modelos.
Candidata-se à grande exposição de arte de Hyde Park, tendo sido aceite por terem ocorrido desistências.
Louis Froust, que é um pintor pré-rafealita de um meio social mais favorecido embora não abastado,  pretende que uma das suas obras que se encontra a elaborar seja destacada na grande exposição de arte de Hyde Park. A sua irmã procura uma modelo para esse quadro.
Por mero acaso Silas cruza-se com Iris e nasce uma atração que começamos a desconfiar se será por Iris apresentar uma deformação física.
Entretanto, Iris aceita posar como modelo para Louis, na expetativa de se libertar da condição em que vivia recebendo em troca aulas de pintura para desenvolver a sua aptidão.
À medida que a narrativa prossegue percebemos os verdadeiros contornos da história e as motivações das personagens.
Vamos juntando as peças de um puzzle.
Uma história sobre as agruras da vida de quem nada tem, sobre a inexistência de degraus sociais, sobre sonhos, expetativas, confiança e entreajuda, ostracismo, obsessões, os limites, sobrevivência, em última instância sobre a liberdade, tudo com uma dose de muito suspense, romance e crime à mistura.
Conseguirá  Iris prosseguir com a pintura e com os seus sonhos?
Conseguirá a ave a quem foram cortadas as penas, escapar e voar da gaiola?
Será a liberdade apenas um flash, uma imagem retida num quadro?
Uma história surpreendente, com um forte desenvolvimento emocional e psicológico, que valerá a pena reler!
A capa maravilhosa retém todos os elementos da história.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789898917973
Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 228 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Uma história inebriante sobre uma mulher que sonha ser artista e o homem cuja obsessão pode destruir o mundo dela para sempre.
Londres, 1850. O edifício que albergará a Grande Exposição está a ser construído em Hyde Park. No meio da multidão que ali se junta, duas pessoas encontram-se por mero acaso. Para Iris, uma aspirante a artista, aquele é apenas um encontro efémero, esquecido passados poucos segundos. Mas para Silas, um colecionador fascinado por coisas estranhas, aquele momento marca um novo começo…
Quando Iris é convidada a posar como modelo para Louis Frost, um pintor pré-rafaelita, ela aceita, com a condição de que Louis também a ensine a pintar. De súbito, o mundo de Iris transforma-se numa experiência dominada pelo amor e pela arte, indo além de tudo aquilo com que sempre sonhou.
Só que o mundo de Iris pode ruir a qualquer momento, pois Silas só consegue pensar numa coisa desde o primeiro encontro de ambos. E a sua obsessão torna-se cada vez mais sombria…

SOBRE A AUTORA:
Elizabeth Macneal nasceu na Escócia e mora atualmente em Londres. Estudou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford e, em 2017, completou o mestrado em Escrita Criativa na Universidade de East Anglia, onde recebeu a bolsa Malcolm Bradbury.
Além de escrever, Elizabeth faz peças de cerâmica num pequeno estúdio ao fundo do seu jardim, às quais se dedica tão profundamente quanto à escrita.
A Fábrica de Bonecas é o seu primeiro romance e foi um verdadeiro êxito internacional, tendo sido traduzido para 28 línguas. Venceu o Caledonia Novel Award de 2018 e os direitos para televisão já foram adquiridos pela produtora Buccaneer Media. Saiba mais sobre a autora: www.elizabethmacneal.com

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

UM ESTRANHO NA CIDADE, DE KRISTIN HANNAH, PELA BERTRAND EDITORA

De regresso ao mundo dos livros para deixar mais o registo de uma leitura de Julho, um livro de 2009 editado em Maio de 2017 pela Bertrand Editora, Um Estranho na Cidade, de Kristin Hannah.
Este foi o primeiro livro que li desta autora.
O livro tem 414 páginas, encontra-se dividido em 2 partes: a 1ª parte (antes) e a 2ª parte (depois).
A história encontra-se narrada na 3ª pessoa, repleta de diálogos. Já na 2ª parte, o personagem Noah pontua a história com entradas de um seu caderno, refletindo a sua intimidade e o seu ponto de vista dos acontecimentos.
Trata-se de uma história muito emocional e complexa sobre as relações familiares, proximidades e desavenças, adversidades, a prossecução individual de um propósito, o sentido da vida, perseverança, apoio incondicional, recomeços, desenvolvimento pessoal, auto-conhecimento, identidade e redenção.
Esta história entusiasmou-me pois li o livro em muito pouco tempo.
Um aspeto que importa realçar é o facto de vislumbrarmos o crescimento pessoal de cada personagem ao longo da história em função dos acontecimentos. 
A narrativa inicia-se em 1979, salta para o início dos anos 90 e termina passados cerca de 15 anos. Passa-se em Water's Edge, uma quinta onde há mais de 100 anos o patriarca da família se fixou, tendo fundado a cidade de Oyster Shores.
Conhecemos as 3 personagens centrais que são femininas, 3 irmãs e o seu pai já viúvo. A mãe faleceu tinha a mais nova das 3 irmãs 12 anos em 1979.
Winona é a mais velha com menos sensibilidade para os cavalos, formou-se em direito e refugia-se na comida para gerir as suas emoções. Sente pouco apoio do pai e pelo facto de ter peso a mais julga que ninguém se interessa por ela.
Aurora, a irmã do meio, constituiu família cedo, casou com um médico Richard e tem um casal de meninos. Adopta uma postura pacificadora da família.
Vivi Ann a irmã mais nova, é a protagonista da história, muito atraente, não consegue prosseguir os estudos e volta para a quinta do pai onde parece um pouco perdida relativamente ao futuro.
Quando Luke, formado em medicina veterinária, um antigo amigo de infância de Winona, regressa à cidade, acaba por se envolver com Vivi Ann e chega a pedi-la em casamento. Mas Vivi Ann não se sente tranquila para tomar essa decisão.
Winona sente uma atração por Luke mas reprime-se em respeito pela irmã e sofre por isso.
Nessa altura Dallas, um nativo norte-americano chega à cidade e começa a trabalhar na quinta.
Vivi Ann e Dallas sentem uma grande atração e casam em segredo, iniciando uma relação contra o falatório na cidade e a opinião do pai de Vivi Ann.
Só que Dallas com uma personalidade irreverente, parece esconder um passado misterioso.
Um crime acontece na cidade e Dallas acaba por ser incriminado em parte por ter ligações à vítima e talvez também por chenofobia.
Percebemos que Dallas decide afastar-se de Vivi Ann.
Vivi Ann, já grávida de Noah, vive momentos terríveis e assiste à prisão de Dallas e ao desmoronar dos seus sonhos.
Acaba por ter que refazer a sua vida e recuperar a força anímica.
Os anos passam e Noah já adolescente procura a sua identidade, questionando-se sobre o pai e procurando uma reaproximação.
Noah apresenta-se na 2º parte como o protagonista da história.
Conseguirão as desavenças familiares ser ultrapassadas?
Noah encontrará o seu pai e conseguirá que este seja ilibado das acusações?
Os cavalos Clementine e Renegade também ocupam um lugar relevante na história pois representam pontos de contacto e refúgio com a essência de Vivi Ann e Dallas.
Apreciei muito esta história.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789722534109
Edição ou reimpressão: 05-2017
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 148 x 233 x 28 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 416
Tipo de Produto: LivroClassificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
As irmãs Grey foram sempre chegadas. Na sequência da morte da mãe, as raparigas unem-se ainda mais, tornando-se grandes amigas. O pai, um homem austero, preocupa-se mais com a sua reputação do que com elas. Para Henry Grey, o que conta são as aparências e, anos mais tarde, continua a exigir das filhas que sejam reflexo que ele defende na comunidade. Winona, a mais velha, é a que mais precisa da aprovação do pai. Apaixonada por livros e com uma figura demasiado pesada, nunca se sentiu em casa no rancho que pertence à família há três gerações e sabe que não tem as qualidades valorizadas pelo pai. Mas é a melhor advogada da região e está determinada a arranjar um dia maneira de lhe mostrar o seu valor.
Aurora, a irmã do meio, está sempre a tentar manter a paz na família. É a mediadora de todas as disputas e quer manter toda a gente contente, embora esconda o seu sofrimento secreto. Vivi Ann é a estrela da família. Uma sonhadora de impressionante beleza, com um grande coração, é adorada por todos. Tudo lhe é fácil, até à chegada de um desconhecido à cidade… Numa questão de dias, tudo muda. As irmãs Grey irão virar-se umas contra as outras de um modo anteriormente inimaginável.
As lealdades serão postas à prova, os segredos revelados e um crime terrível e chocante irá abalar a família e toda a cidade. Com um ritmo perfeito e profunda emoção, Um Estranho na Cidade é um romance inesquecível sobre irmãs, rivalidades e perdão.



SOBRE A AUTORA:
Kristin Hannah nasceu em 1960 no sul da Califórnia. Aos 8 anos a família mudou-se para Western Washington. Trabalhou em publicidade, licenciou-se em Direito e trabalhou alguns anos em advocacia, em Seattle. Quando a gravidez a obrigou a ficar de cama durante vários meses, Kristin retomou uns textos antigos que tinha escrita em parceria com a falecida mãe, que sempre dissera que ela seria escritora. O marido encorajou-a e assim que o filho nasceu, Kristin abandonou a anterior atividade profissional e dedicou-se à escrita a tempo inteiro. O primeiro êxito surgiu em 1990 e desde então que a sua profissão é escrever. A autora já publicou 19 romances. Ganhou prestigiados prémios como um "Rita Award" (Romance Writers of América) em 2004 com Between Sisters, e o National Reader's Choice. A sua obra está traduzida em várias línguas. Vive com o marido e filho na costa noroeste dos Estados Unidos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O SACRIFÍCIO DE UM HOMEM, DE SANDRA BROWN, PELA QUINTA ESSÊNCIA

Colocando em dia mais uma leitura de Julho, o livro o Sacrifício de um homem, de Sandra Brown, uma edição de Maio de 2019 pela Quinta Essência.
Nunca havia lido nada desta autora.
A história encontra-se narrada ao longo de 247 páginas, 1 prólogo, 18 capítulos, fechando com o epílogo.
Num antiquário no norte do Texas, um casal na casa dos 40, interessa-se por um relógio de ouro do proprietário da loja, que apresenta a seguinte gravação: Solly's 11 de Agosto de 1934, sendo que o idoso se recusa a vender o relógio.
Somos ao longo dos 18 capítulos transportados para o dia a dia de Ella, que desde os seus 18 anos gere sozinha nos anos 30 do século passado, a pensão que herdou dos pais.
Ella tem um menino, Solly, com cerca de 10 anos.
Ella Barron e o seu filho encontram-se indissociados do idoso, na casa dos 80, que gere agora a loja de antiguidades e que efetua um relato da época da recessão económica que assolou a América nos anos 30, bem como das dramáticas repercussões económicas e sociais.
A seca associada à escassez monetária arrastaram os proprietários das quintas de pecuária para a necessidade de contraírem empréstimos, que não conseguem honrar.
O Governo presidencial implementou então um programa em que adquiria o gado em melhores condições, sendo o gado muito magro enterrado em valas.
Os proprietários, a contragosto, viam-se obrigados a aceitarem essas condições para não perderem as terras.
A questão moral e social prende-se com a sobrevivência de inúmeras pessoas dos bairros pobres, desnutridas e sem trabalho e é a seguinte: havia grupos organizados que impediam que antes que as valas fossem fechadas, a carne do gado subnutrido fosse aproveitada pelos mais necessitados.
Temos de um lado os proprietários apoiados pelos pastores da igreja e pessoas ligadas ao comércio e por outro, o governo e os grupos organizados que se dedicavam a ameaçar, queimar, invadir.
Um clima de grande carência e muita tensão.
É neste contexto que encontramos os personagens desta história.
Ao longo da leitura percebemos a razão pela qual Ella vive sozinha com o filho Solly e como este é especial, sendo latente a preocupação com o futuro deste.
Margaret é a fiel empregada da pensão que reside no bairro pobre onde tudo escasseia e residem não só aqueles que são alvo de preconceito racial, bem como muitos brancos, na sua maioria, os que perderam as terras e o meio de subsistência.
O Dr. Kincaid é o médico que reside no centro da cidade Gilhead, com cerca de 2000 habitantes, e que indica a pensão de Ella ao senhor David Rainwater, revelando que este padece de uma doença incurável.
Ao longo da narrativa, contada na 3ª pessoa e repleta de diálogos, conhecemos a história pessoal do senhor David Rainwater.
Os outros hóspedes da pensão são as irmãs idosas Violet e Pearl que não têm mais família.
Chester Hastings é o outro hóspede da pensão que raramente está na cidade por ser vendedor ambulante de artigos de retrosaria.
O irmão Calvin Taylor é pastor negro na igreja da cidade, episcopal metodista africana.
Vamos acompanhando a passagem dos dias na vida da pensão, sendo que face ao contexto, pode considerar-se uma vida privilegiada, sem grandes carências.
Percebemos o envolvimento dos personagens com uma curiosidade crescente para perceber quem é o senhor David  e porque Ella se aflige com Solly. Também ficamos com curiosidade acerca da ligação das personagens com o idoso antiquário, que só se revela no epílogo.
Uma leitura fluída e agradável.
Trata-se de uma história de época com valores intemporais como a resiliência, a entreajuda, o altruísmo, a coragem, com uma pitada de romance à mistura e com algumas revelações surpresa.
Este livro terá sido inspirado na história pessoal familiar da autora.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789897801327

Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: Quinta Essência
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 233 x 17 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 256
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:

Ella Baron é uma mulher só embora viva rodeada de pessoas. Cuida do seu filho Solly, de dez anos, com dedicação extrema. Com o país mergulhado numa recessão profunda, ela gere a sua pensão com a eficiência de um militar e a gentileza de uma aristocrata. Aconteça o que acontecer, não pode pôr em risco o seu sustento. Mas quando o reputado médico da vila lhe pede para aceitar um novo hóspede e apresenta David Rainwater, algo dentro dela se retrai.
David é atraente e gentil, mas não passa de um desconhecido. Perante a hesitação de Ella, o médico comete uma inconfidência: o seu novo hóspede não vai ficar por muito tempo pois está a morrer.
Os ventos da mudança sopram fortes e Ella sente que algo indizível está a avolumar-se no horizonte.
Ao ver-se envolvida numa sucessão de estranhos acontecimentos, esta extraordinária mulher rapidamente percebe que a vida tal como a conhece vai mudar para sempre. E é neste clima de medo e tensão que David se vai revelar um pilar de tranquilidade, altruísmo e retidão. E, aos poucos, Ella aprende a confiar no misterioso homem… até à noite mais quente e mais sangrenta desse verão, em que os limites de todos eles serão postos à prova.
Inspirado por uma história da família de Sandra Brown, O Sacrifício de um Homem decorre em 1934, em plena Grande Depressão, e é o livro mais pessoal da autora.

SOBRE A AUTORA:
Sandra Brown é uma das vozes mais proeminentes da ficção policial americana contemporânea. Entre os vários prémios com que tem vindo a ser galardoada ao longo da carreira, destacam-se o Romance Writers of America’s Lifetime Achievement Award, o Texas Medal of Arts Awards for Literature e o Thriller Master de 2008, a distinção máxima atribuída pela International Thriller Writer’s Association. Já foi presidente da reputada associaçãoMystery Writers of America. Nascida em Waco, no Texas, Sandra Brown trabalhou como modelo e em programas de televisão antes de se dedicar à escrita. Publicou o seu primeiro romance em 1981 e, desde então, já vendeu cerca de oitenta milhões de exemplares em todo o mundo, estando a sua obra traduzida em trinta e quatro idiomas. Vive com o marido em Arlington, no Texas.

domingo, 29 de setembro de 2019

O SENHOR DOUBLER E A ARTE DE CULTIVAR BATATAS, DE SENI GLAISTER, PELA HARPER COLLINS

Uma leitura de Julho que ainda não tinha deixado o registo neste meu cantinho, o Senhor Doubler e a arte de cultivar batatas, de Seni Glaister, uma edição de Maio de 2019 pela Harper Collins.
A história desenrola-se ao longo de 382 páginas e 39 capítulos, numa sequência cronológica.
Trata-se de uma história sobre resiliência, expetativas, o poder da amizade, a complexidade das relações familiares, a solidão muitas vezes voluntária e o sentido de legado e como a percepção deste pode variar de pessoa para pessoa.
Aborda também a perda e as suas consequências, bem como a redenção.
A leitura flui, transmitindo-nos boa disposição, apesar de alguns acontecimentos menos agradáveis.
A narrativa é na 3ª pessoa , descrevendo os pensamentos e vivências do senhor Doubler, que é a personagem central da história, proprietário de uma quinta, Mithfarm.
A quinta Mithfarm situa-se no sopé de uma colina, sendo o senhor Doubler o maior produtor de batatas do condado, dedicando o seu tempo a apurar técnicas que tornem as suas batatas mais resistentes a pragas.
Percebemos que o senhor Doubler vive sozinho na quinta e que perdeu a sua esposa.
As circunstâncias em que perdeu a esposa permanecem um mistério quase até o final da história.
Camilla e o seu irmão Julian, bem como os seus filhos, netos do senhor Doubler, visitam-no no primeiro domingo de cada mês.
Camilla faz questão em reunir a família nesse convívio mensal. Já Julian, ambicioso e com uma carreira de sucesso associa Mithfarm apenas à sua infância, sentindo uma ambivalência em relação às visitas ao pai e á quinta, distanciados do contexto social em que vive.
Percebemos que o Senhor Doubler terá entrado num 'precipício' após a perda da esposa , tendo optado por uma espécie de isolamento voluntário, convivendo praticamente com a sua empregada de limpeza , a senhor Millwood.
Muito dedicado às suas experiências com as batatas e até á produção de gin de alta qualidade, que mantém em segredo e lhe serve de moeda de troca com os fornecedores de víveres, Doubler aprecia estar sozinho , mas ocultava-o até aos próprios filhos para evitar críticas ou que estes interviessem, afastando-o da própria quinta.
Peele, o maior produtor de batatas do condado cujas terras rodeiam Mithfarm, efetua várias tentativas e propostas para adquirir a quinta, mas o senhor Doubler não está interessado em ceder.
Julian também procura persuadir o pai a ceder, mas sem sucesso.
Quando inesperadamente a senhora Millwood adoece e é hospitalizada, o isolamento do senhor Doubler começa a sofrer um revés.
Midge, advogada e filha da senhora Milwood, passa a visitar o senhor Doubler, auxiliando-o nas tarefas domésticas e contribuindo para a interação social do senhor Doubler.
As conversas telefónicas diárias com a senhora Millwood são um momento do dia que animam o senhor Doubler, sendo o lugar de voluntariado da senhora Millwood numa protetora de animais, a pedido foi transmitido para o reticente senhor Doubler.
Esta tarefa de voluntariado aproxima o senhor Doubler dos outros personagens da história e percebemos como a entreajuda passa a ser transformadora na vida de todos.
O coronel Maxwell, casado, que vive uma crise de autoridade na reforma, gere a protetora de animais com um punho de ferro.
A senhora Mitchell, pelas suas tentavas de furtar da protetora de animais o burro Percy, é vista como uma louca e cruel para com os animais. Contudo, ao longo da história compreendemos o motivo da sua atuação, tendo o senhor doubler desempenhado um papel crucial para que passasse a ser compreendida e integrada socialmente.
A senhora Olive, a dona da quinta Grovefarm, doou parte das terras onde está instalada a protetora de animais e vive muito isolada na casa da quinta, tendo também o senhor Doubler contribuído para alterar essa circunstância.
A partilha de experiências de vida permitiu que estes personagens encontrassem uma paz interior relativizando cada uma das suas histórias e passado, procurando vislumbrar o mais positivo que têm face aos revezes da vida.
E o senhor Doubler descobre que está apaixonado pela senhor Millwood.
Será que esta recupera?
Terá o Instituto de I&D da batata do norte da Índia reconhecido e certificado as experiências do senhor Doubler?
Já leram?
Qual a vossa opinião sobre este livro?



ISBN: 9788491394013

Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: HARPER COLLINS
Idioma: Português
Dimensões: 156 x 228 x 22 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Cozidas, em puré, assadas ou fritas, o senhor Doubler sabe tudo sobre as suas batatas, mas o mesmo não se pode dizer sobre as pessoas.
Uma história meiga e emotiva.
As suas personagens fazem da leitura deste romance uma autêntica delícia.

SOBRE A AUTORA:
Seni Glaister mora numa quinta em West Sussex e trabalhou numa livraria durante grande parte da sua carreira profissional, antes de fundar a plataforma gastronómica WeFiFo (We Find Food), em 2016.
O seu primeiro livro, “The Museum of Things Left Behind”, foi publicado em 2015.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A PRINCESA DO ÍNDICO, DE PEDRO INOCÊNCIO, PELA CHIADO BOOKS

Mais um tempo passado à volta dos livros, desta vez do ebook gentilmente cedido pela Chiado Books, A princesa do Índico, de Pedro Inocêncio, uma edição de Agosto de 2019 com a chancela da Chiado Books.
A história encontra-se narrada na terceira pessoa  e está repleta de diálogos ao longo das 660 páginas e 82 capítulos. A itálico vamos encontrando os pensamentos de alguns personagens.
Apesar da dimensão do livro a leitura é fluída e a história prende-nos página após página pela expetativa dos acontecimentos.
O autor envolve-nos na história de uma forma extraordinária pelas emoções intensas que confere aos personagens bem como pela profunda reflexão que nos conduz acerca de valores e do mundo que nos rodeia.
A par de uma denúncia ao poder, ao lucro e às injustiças que daí decorrem, abre uma porta para a possibilidade de escolha individual e de sentido de justiça, ainda que pareçam utópicos.
Será que num mundo orientado para o lucro à custa da sobre-exploração dos recursos, incluindo os recursos humanos, será possível acreditar num ideal de justiça e de respeito para com os direitos fundamentais do ser humano? Será ainda possível reparar o passado? Abre-se ainda uma reflexão sobre os mecanismos inerentes ao contexto para a adesão a correntes terroristas e a sua ligação com a vertente muçulmana.
Tudo começa com um atentado à bomba com contornos terroristas nas cerimónias do 25 de Abril de 2024 na Assembleia da República.
Do capítulo 1ª ao 7ª é nos apresentado o personagem principal Pedro Tomás da Costa e o seu pai Tomás da Costa, um dos antagonistas da história , os acontecimentos do dia do atentado e o contexto no ãmbito do qual Pedro testemunha o atentado.
A partir do 8º capítulo até o 31º somos transportados para o arquipélago situado no oceano índico, as Maldivas, 2 anos antes do atentado, onde Pedro acompanha o pai numa viagem a pedido deste.
Ficamos a perceber que existe um acordo entre o empresário Tomás da costa e o presidente das Maldivas Nadim Muslim (outro antagonista da história) para a instalação de uma fábrica do multimilionário português numa das ilhas daquele arquipélago tirando partido da mão de obra barata.
Ficamos com a percepção de tudo o que separa o seu filho e António da Costa, self-made-man, determinado, ambicioso e calculista.
Pedro fica chocado com o contexto operacional da fábrica e numa visita às instalações conhece a trabalhadora fabril muçulmana Bahira Kadeen (a outra protagonista da história) e os seus dois irmãos Nasim e Abdul.
Entre ambos começa a desenhar-se uma profunda atração, sendo que Pedro manifesta um profundo desagrado e revolta com as condições que os trabalhadores da unidade fabril experimentam sob o jugo do seu primo Luis da Costa (outro antagonista da história).
Dos capítulos 32º ao 34º somos confrontados com acontecimentos avassaladores nas instalações fabris das Maldivas quando Pedro e o seu pai já se encontram em Portugal.
Nos capítulos 35º 3 36º os acontecimentos sofrem uma grande reviravolta quando Bahira e Nasim começam a trabalhar na fábrica de Palmela de António da Costa.
Nos capítulos 39º, 41º, 43º, 46º e 48º somos transportados para o Afeganistão, para o contexto de recruta e atuação do Estado Islâmico, onde Abdul irmão de Bahira acaba por se inserir, apesar dos inúmeros conflitos morais que experiencia, até que um mês antes do atentado se reencontra em Lisboa com os seus irmãos. Vamos vislumbrando também o que levou Abdul a escolher esse caminho.
A partir do 38º capítulo viajamos para Lisboa e conhecemos o dia a dia de Pedro, Bahira e Nasim, que chega a sofrer uma agressão xenófoba.
Os acontecimentos sucedem-se então a um ritmo vertiginoso até o dia do atentado no capítulo 63º.
Após o atentado os acontecimentos precipitam-se novamente com muitas voltas e reviravoltas culminando num final surpreendente que nos deixa reflexões acerca dos seguintes dizeres: 'nada acontece por acaso' e 'somos o resultado das circunstâncias em que nos encontramos'.
Uma história sobre valores, ideais, amor, medo, subjugação, manipulação, o que move os atentados e as suas vertentes complexas, sobre o clima de suspeição em relação a determinadas etnias ou religiões, sobre os dilemas interiores de cada um, sobre escolhas, no limite, sobre coragem, liberdade e o sentido da vida.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789895262632
Edição ou reimpressão: 08-2019
Editor: Chiado Books
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 25 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 660
Tipo de Produto: Livro
Coleção: Viagens na Ficção
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um atentado bombista à Assembleia da República, em Portugal, desperta o país para a realidade do terrorismo em grande escala! Ávidas de encontrarem culpados, as autoridades mundiais apontam as suas baterias para três irmãos muçulmanos: Bahira, Abdul e Nasim.
Como pode este crime estar relacionado com o amor vivido entre Pedro Tomás da Costa, herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, e Bahira Kadeen, uma bela muçulmana, que trabalha em regime de escravidão, numa das Fábricas da família da Costa?
Quando o magnata António Tomás da Costa decide investir nas Maldivas, convida o seu filho para o acompanhar. António construiu a sua colossal fortuna através do êxito planetário de uma bebida energética chamada Su-Cola.
Mas, a sua extraordinária visão empresarial é camuflada por uma implacável falta de caráter e crueldade impiedosa para com os seus trabalhadores. Pedro jamais poderia suspeitar que aquela viagem iria mudar a sua vida e inspirar uma Revolução!
O amor improvável entre Pedro e Bahira será a centelha de luz e inspiração vulcânica para uma mudança que se impõe no mundo!
A Princesa do Índico é um extraordinário romance, que embalará o leitor entre o quadro idílico de um oceano prateado e a imagem incómoda da escravidão em massa...

SOBRE O AUTOR:
Autor do arrebatador romance de estreia, Tudo Acontece Por Uma Razão, Pedro Inocêncio tem vindo a conquistar cada vez mais apreciadores da sua escrita vibrante e espontânea.
A sua página de autor, no Facebook, já conta com mais de 20.000 seguidores! É nessa plataforma social que publica, regularmente, excertos das suas obras, poemas, bem como outros textos originais.
Professor de Educação Física, confessa que, para além do desporto, a escrita é a sua grande paixão. O autor classifica os seus períodos de criatividade no papel como um ato de libertação das rotinas diárias e de procura pela criação de uma realidade paralela àquela que habitamos... Nos seus tempos de lazer revela-se um leitor obstinado e praticante regular de ténis.
Pedro Inocêncio conta ainda com uma significativa e engenhosa coletânea de poemas e letras para canções. Muitos desses temas foram editados em CD, por diversas bandas e artistas singulares, tendo alguns dos seus poemas sido incluídos em antologias de poesia contemporânea.
Pai de Afonso e Leonor, o autor sabe que cada momento que vive com os seus dois príncipes é único e irrepetível. E sabe também que o seu sorriso só é pleno quando usufrui da singular companhia dos seus dois filhos…

domingo, 22 de setembro de 2019

A HORA MÁGICA, DE KRISTIN HANNAH, PELA BERTRAND EDITORA

Colocando em dia neste cantinho uma leitura que efetuei em de Junho de 2019, a Hora Mágica de kristin Hanahh, publicado inicialmente em 2002 e traduzido para português em 2005, com edição em novembro de 2015 pela Bertrand Editora.
O livro tem 263 páginas divididas ao longo de 26 capítulos e 1 epílogo.
A história passa-se ao longo de um ano, de outubro a setembro.
A narrativa é na 3ª pessoa e vai descrevendo o dia a dia de cada uma das personagens, sendo que no que respeita à personagem Alice, a menina, a narrativa aparece na 1ª pessoa.
Julia Cates é uma pedopsiquiatra bem sucedida, natural da cidade de Rain Valey (situada nas terras ermas da Olimpic National Florest, junto ao Pacífico, no estado de Washington) que se vê envolvida num processo judicial relacionado com uma jovem paciente que assassina 4 crianças.
Apesar de ter sido absolvida a sua reputação profissional fica comprometida, perdendo clientes e atravessando uma fase em que efetua forçosamente um balanço da sua vida.
Ellie Gates, a irmã de Julia ficou na sua terra natal e chefia a esquadra de polícia de Rain Valey. Chegada aos 40 anos e após dois divórcios, também se encontra numa fase de balanço da sua vida pessoal.
Percebemos que Ellie e Julia, apesar de irmãs, nunca tiveram uma relação muito próxima, sendo que Julia sempre se sentiu uma espécie de carta fora do baralho na família.
Penelope Nutter trabalha na esquadra e é amiga de Ellie desde os tempos de liceu, está determinada em encontrar uma companhia para Ellie e Call.
Call, pai de 2 meninas, atravessa uma fase em que a esposa o deixou e é telefonista na esquadra de Rain Valey.
Max Cerrasin é médico no hospital de Rain Valey, tendo-se mudado há cerca de 6 anos para se procurar afastar de uma perda familiar. reside numa propriedade nos arredores da cidade em frente a um lago. Tem fama de namoradeiro incorrigível.
Quando a pequena Alice foi encontrada, foi Max quem a examinou, tendo ficado ligado ao caso.
Alice é um menina com cerca de 6 anos que apareceu desorientada, desidratada e desnutrida, acompanhada por uma cria de lobo, aparentemente à procura de comida, tendo-se refugiado nos ramos de uma árvore no centro da cidade.
Ellie é alertada pela população e encarrega-se de resgatar a pequena Alice, levá-la ao hospital devido ao estado em que a pequena se encontra. A cria de lobo é enviada para o parque natural.
Apercebemo-nos no início da história Alice terá estado numa caverna, aterrorizada com 'Ele' e já há muitos dias sem comida. Alice também refere uma 'Ela' que só mais tarde percebemos.
Como Alice permanece aterrorizada, não fala nem articula qualquer diálogo, aparentemente não tem a noção como se utilizam talheres ou se efetua a higiene pessoal, é solicitada a presença de uma psiquiatra.
Face à disponibilidade da irmã, Ellie solicita a presença de Julia, que sem clientes, decide deslocar-se para Rain Valey.
Julia vê-se a braços com uma situação muito difícil, sendo que Alice apresenta características de uma criança selvagem criada desde bebé longe da civilização, o que realmente terá acontecido, enquanto esteve sequestrada ou perdida, as duas hipóteses mais plausíveis.
As circunstâncias em que a menina foi encontrada originam um forte mediatismo, pelo que Ellie, Julia e Max, os responsáveis pela mesma, têm que gerir essa situação da melhor forma possível, tendo decidido levar a criança para a quinta dos pais de Ellie e Julia, onde Ellie reside sozinha e para onde julia se muda e se confronta com muitas recordações e emoções por resolver.
À esquadra de polícia de Rain Valey começam a chegar inúmeros pais de crianças desaparecidas.
A determinada altura surge Gerge Azelle, um multimilionário que foi condenado com pena de prisão por ter feito desaparecer a sua mulher e filha então com cerca de 3 anos.
Azelle alega inocência e consegue que a sentença fosse anulada, tendo sido libertado após 3 anos de prisão.
Tem provas de que Alice é sua filha, além da inquestionável semelhança física.
Nessa altura já Julia havia requerido a guarda da menina, estando em curso um processo de adopçao para evitar a institucionalização da criança não tendo sido possível reverter o défice social e cognitivo.
A pequena Alice, como lhe chamava Julia foi fazendo pequenos progressos recuperando alguma confiança e apoiando-se ao longo desse processo em Julia.
Quando a menina e a cria de lobo conduzem a polícia até uma caverna, de onde fugira, todos percebemos que Alice esteve sequestrada e 'Ela', a sua mãe morrera, tendo sido enterrada no lugar.
Ficamos sem perceber o que aconteceu ao raptor, aumentando a suspeita sobre se Azelle esteve envolvido no rapto.
Como legítimo progenitor, Ellie e a polícia não encontram falhas no passado de Azelle e Julia acaba por não conseguir prolongar mais a tutela da criança.
A história sofre uma reviravolta que permitirá o melhor para a menina e para o seu desenvolvimento.
Trata-se de uma narrativa emocionante com um mistério relacionado com a identidade da menina e com muita investigação em torno desse mistério.
Sobre os traumas das vítimas de sequestro, sobre a resposta que a sociedade deverá ter perante essas situações e sobre as respostas do sistema judicial.
Como o envolvimento pessoal e emocional da pedopsiquiatra foi determinante para resgatar a menina dos efeitos físicos e psicológicos do sequestro.
Sobre laços, resiliência, respeito e amor fraternal.
Sobre a cedência por parte do pai biológico, que tomou a decisão mais acertada para permitir resgatar a criança, sabendo esperar.
Sobre redenção e como as vidas de Ellie, Call, Julia e Max se reorganizaram devido a este acontecimento, sendo que todos se reestruturam e reencontram um lar e uma família.
Já leram?
Qual a vossa opinião sobre este livro?




ISBN: 9789722531047
Edição ou reimpressão: 11-2015
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 233 x 31 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 464
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance

SINOPSE:
Um encontro extraordinário entre uma mulher e uma menina. Uma história de esperança que reinventa o conceito de família. No escarpado noroeste do Pacífico situa-se a Floresta Nacional Olímpica: perto de quatrocentos mil hectares de sombras impenetráveis e extraordinária beleza. Do coração desta floresta surge uma menina de seis anos. Sozinha e sem dizer uma palavra, não deixa transparecer nada acerca da sua identidade e do seu passado. A pedopsiquiatra Julia Cates regressa à sua Washington natal na sequência de um escândalo que lhe arruinou a carreira. A médica está decidida a libertar aquela extraordinária menina a que chama Alice da prisão de um medo e isolamento inimagináveis.
Para tentar chegar a ela, Julia tem de descobrir a verdade acerca do passado da criança, embora para isso precise da ajuda da sua irmã, uma agente da polícia de quem ela se afastou. Os factos chocantes da vida de Alice vão pôr à prova a fé e a força de Julia, que tenta a todo o custo dar um lar à menina… e a si própria. Em A Hora Mágica, Kristin Hannah cria uma das suas personagens mais adoradas e uma história flamejante que fala da capacidade de resistência do espírito humano, do triunfo do amor e daquilo que significa ter um lar.

SOBRE A AUTORA:
Kristin Hannah nasceu em 1960 no sul da Califórnia. Aos 8 anos a família mudou-se para Western Washington. Trabalhou em publicidade, licenciou-se em Direito e trabalhou alguns anos em advocacia, em Seattle. Quando a gravidez a obrigou a ficar de cama durante vários meses, Kristin retomou uns textos antigos que tinha escrita em parceria com a falecida mãe, que sempre dissera que ela seria escritora. O marido encorajou-a e assim que o filho nasceu, Kristin abandonou a anterior atividade profissional e dedicou-se à escrita a tempo inteiro. O primeiro êxito surgiu em 1990 e desde então que a sua profissão é escrever. A autora já publicou 19 romances. Ganhou prestigiados prémios como um "Rita Award" (Romance Writers of América) em 2004 com Between Sisters, e o National Reader's Choice. A sua obra está traduzida em várias línguas. Vive com o marido e filho na costa noroeste dos Estados Unidos.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A FÁBRICA DE BONECAS, DE ELIZABETH MACNEAL, PELA TOPSELLER

Colocando em dia mais uma leitura de Julho, o romance histórico repleto de suspense, A Fábrica de Bonecas, o primeiro romance de Elizabeth Macneal, publicado em Maio de 2019 pela Topseller, com a chancela da 2020 Editora.
Confesso que este livro me surpreendeu.
O livro foi premiado com o Caledonia Novel Award em 2018, tendo sido os direitos televisivos já adquiridos pela produtora Buccaneer Media.
A história passa-se ao longo de aproximadamente 2 anos e meio (Novembro de 1850 a Maio de 1852) e encontra-se dividida em 3 partes.
A 1º parte encontra-se dividida em 10 capítulos que nos vão apresentando os personagens, o contexto em que vivem e as suas inquietações (a loja de curiosidades antigas e modernas de Silas Reed, o rapaz, o empório de bonecas da Sra. Salter, os cachorrinhos, a pintora, a grande exposição, o ladrãozeco, a grande despesa, IPR, a discussão).
A 2ª parte encontra-se estruturada em 44 capítulos, onde se começam a desenhar os contornos da história (o megalossauro, a correspondência, a fábrica, um par de cartas, o pintarroxo, o caixão, a guta e a garança,  leão, a bugiganga, o patinador no lago, a rainha, o casebre, o marfim de dugongo, o lamento do vombate, o luar, semelhante, as flores, o pastor, uma criança, as perguntas, Claude, a mácula, Sylvia, a borboleta, o osso, o cavalheiro, a contemplação, o bilhete, o palácio de cristal, a faca, a visita pré-inaugural, ao nível dos olhos, os ratos, os telhados, a cave, os dentes, uma crítica e uma resposta, a doença, Edimburgo, o cabriolé, a pulga, Lumley Court, a charrete).
A 3º e útlima parte desenrola-se ao longo de 19 capítulos e é onde a acção atinge o seu clímax (p séjour, o silencio, as trufas de caramelo, a clavícula, a colheita de amoras, o vestido, uma companheira, a escuridão, a madame, Guigemar, o bicho, os olhos de vidro, o pão doce de groselha, a campainha, o pombo, a academia real, a água, a agulha, o armário de borboletas).
Finalmente, a encerrar o livro temos a crítica a um quadro pela Academia Real publicada na London News a 22 de Maio de 1852.
A narrativa passa-se nos anos 50 do século XIX em Londres Vitoriana e aborda as discrepâncias de classes, de oportunidades e em que medida a liberdade individual é condicionada por esse contexto.
A personagem principal é a jovem Iris que ficou com uma clavícula sobressaída à nascença, irmã gêmea de Rose, a quem o futuro parecia sorrir, pelo que Iris sentia-se sempre na sombra da irmã.
Até que Rose aos 16 anos sofre de varíola e fica com bastantes marcas no corpo e no rosto, tendo perdido a visão de um olho.
A partir daí foi Rose quem passou a ser ostracizada e sem perspectivas de futuro, sentido Iris a responsabilidade pela condução do futuro da irmã.
Encontramos ambas as irmãs a trabalhar na fábrica de bonecas da senhora Salter, decorando bonecas de porcelana.
Mergulhamos no seu quotidiano e percebemos a relação entre irmãs, o ambiente com a senhora Salter e também a relação com os pais.
Iris tem talento para a pintura, que acaba por não poder desenvolver devido ao contexto social em que se encontra.
Albie é um pequeno rapaz a quem tudo falta e que procura de todas as formas ganhar algum dinheiro para o sustento do dia a dia para si e para a sua irmã que se vê obrigada a prostituir nas mais decrépitas condições por uma questão de sobrevivência pois está sozinha com o irmão.
Albie costura pequenas roupas para a fábrica de bonecas, sentindo grande empatia por Iris.
Em paralelo, Albie vende todo o animal morto que encontra ao taxidermista Silas Reed.
Silas Reed, o antagonista da história, também não teve uma infância facilitada e desde cedo se interessou pela taxidermia, acalentando o sonho de abrir uma exposição com raridades, sendo reconhecido no meio.
Contudo, na sua loja, acaba por conseguir ganhar a vida embalsamando borboletas que vende às senhoras da alta sociedade, a par de outros animais embalsamados que vende a pintores para servirem de modelos.
Candidata-se à grande exposição de arte de Hyde Park, tendo sido aceite por terem ocorrido desistências.
Louis Froust, que é um pintor pré-rafealita de um meio social mais favorecido embora não abastado,  pretende que uma das suas obras que se encontra a elaborar seja destacada na grande exposição de arte de Hyde Park. A sua irmã procura uma modelo para esse quadro.
Por mero acaso Silas cruza-se com Iris e nasce uma atração que começamos a desconfiar se será por Iris apresentar uma deformação física.
Entretanto, Iris aceita posar como modelo para Louis, na expetativa de se libertar da condição em que vivia recebendo em troca aulas de pintura para desenvolver a sua aptidão.
À medida que a narrativa prossegue percebemos os verdadeiros contornos da história e as motivações das personagens.
Vamos juntando as peças de um puzzle.
Uma história sobre as agruras da vida de quem nada tem, sobre a inexistência de degraus sociais, sobre sonhos, expetativas, confiança e entreajuda, ostracismo, obsessões, os limites, sobrevivência, em última instância sobre a liberdade, tudo com uma dose de muito suspense, romance e crime à mistura.
Conseguirá  Iris prosseguir com a pintura e com os seus sonhos?
Conseguirá a ave a quem foram cortadas as penas, escapar e voar da gaiola?
Será a liberdade apenas um flash, uma imagem retida num quadro?
Uma história surpreendente, com um forte desenvolvimento emocional e psicológico, que valerá a pena reler!
A capa maravilhosa retém todos os elementos da história.
Já leram?
Qual a vossa opinião?


ISBN: 9789898917973
Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 228 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 384
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
Uma história inebriante sobre uma mulher que sonha ser artista e o homem cuja obsessão pode destruir o mundo dela para sempre.
Londres, 1850. O edifício que albergará a Grande Exposição está a ser construído em Hyde Park. No meio da multidão que ali se junta, duas pessoas encontram-se por mero acaso. Para Iris, uma aspirante a artista, aquele é apenas um encontro efémero, esquecido passados poucos segundos. Mas para Silas, um colecionador fascinado por coisas estranhas, aquele momento marca um novo começo…
Quando Iris é convidada a posar como modelo para Louis Frost, um pintor pré-rafaelita, ela aceita, com a condição de que Louis também a ensine a pintar. De súbito, o mundo de Iris transforma-se numa experiência dominada pelo amor e pela arte, indo além de tudo aquilo com que sempre sonhou.
Só que o mundo de Iris pode ruir a qualquer momento, pois Silas só consegue pensar numa coisa desde o primeiro encontro de ambos. E a sua obsessão torna-se cada vez mais sombria…

SOBRE A AUTORA:
Elizabeth Macneal nasceu na Escócia e mora atualmente em Londres. Estudou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford e, em 2017, completou o mestrado em Escrita Criativa na Universidade de East Anglia, onde recebeu a bolsa Malcolm Bradbury.
Além de escrever, Elizabeth faz peças de cerâmica num pequeno estúdio ao fundo do seu jardim, às quais se dedica tão profundamente quanto à escrita.
A Fábrica de Bonecas é o seu primeiro romance e foi um verdadeiro êxito internacional, tendo sido traduzido para 28 línguas. Venceu o Caledonia Novel Award de 2018 e os direitos para televisão já foram adquiridos pela produtora Buccaneer Media. Saiba mais sobre a autora: www.elizabethmacneal.com

NEGRO COMO O MAR, DE MARY HIGGINS CLARK, PELA BERTRAND EDITORA

De regresso a este espaço para registar uma leitura de Maio desde ano: Negro como o Mar de Mary Higgins Clark, uma edição de Março de 2019 pela Bertrand Editora.
Não me recordo de já ter lido outros livros da autora, penso que este foi o primeiro.
Esta autora já editou em Portugal mais de 20 livros. Fiquei muito curiosa para ler outros livros da autora.
Negro como o Mar trata-se de uma história de ficção que se desenrola ao longo de 6 capítulos que correspondem a seis dias da viagem inaugural de um cruzeiro de luxo, com capacidade para 100 passageiros, que parte do rio Hudson nos EUA, sendo a primeira paragem Southampton em Inglaterra. 
Durante esses dias ocorre um possível assassinato e o eventual desaparecimento de outro passageiro.
A narrativa encontra-se na terceira pessoa e cada capítulo descreve a vivência de cada personagem naquele dia.
Vamos percebendo, à medida que os dias passam, o perfil das personagens, as suas motivações e desconfianças, personalidade e modo de estar de cada um.
A história prende-nos pela expetativa. 
As reviravoltas tornam a leitura entusiasmante para percebermos o desfecho.
Os personagens centrais da história são os seguintes:
- Gregory Morisson é o proprietário do navio de cruzeiro.
- Alvrah e Willy Meehan ganharam a lotaria e comemoram com esta viagem o 45º aniversário de casamento.
- Ted Cavanaught, com 34 anos, advogado filho do embaixador do Egipto e Londres, dedica-se à recuperação de artefactos roubados nos países de origem.
- o professor Henry Long Worth, com cerca de 60 anos, foi convidado a embarcar como orador, especialista na obra de Shakespere.
- Celia Kilbride, com cerca de 28 anos, também foi convidada como oradora gemóloga, para abordar a história de jóias famosas ao longo dos tempos.
Célia está envolvida num processo em que é injustamente acusada de participar com o seu ex-namorado, Steven, num esquema fraudulento de investimento num fundo de risco.
- Anna Demille, 56 anos, divorciada, ganhou a viagem numa rifa e tinha a expetativa de encontrar um potencial companheiro.
- Lady Emily Haywood, ocotogenária, com uma fortuna considerável, tencionava estrear no cruzeiro o lendário colar de esmeraldas de Cleópatra e viaja acompanhada de convidados.
Os convidados de Lady Emily são Brenda Martin (a sua assistente pessoal ao longo de cerca de 20 anos) e Roger Pearson, advogado (gestor de investimentos e executor de património) e a sua esposa Yvonne.
- Devon Michaelson, na casa dos 60, embarcou como agente infiltrado da Interpol, uma vez que a companhia do cruzeiro havia sido avisada, através de um email anónimo, de que o famoso ladrão de artefactos internacional, conhecido como o homem das mil caras, teria intenção de embarcar e apropriar-se do famoso colar de Cleópatra.
Ao longo da história vamos conhecendo melhor os antecedentes das personagens. 
Vamos também mergulhando na vida a bordo e nas interacções entre personagens.
O que esta narrativa tem de interessante são as inúmeras possibilidades que ficam em aberto tornando a história imprevisível através de inúmeras reviravoltas que tornam o desfecho uma surpresa.
Além disso, a história não se esgota no suspense pois desenvolvem-se em paralelo os destinos das diferentes personagens.
Quem será assasinado?
Quem será o assassino?
Ou serão vários?
Apreciei esta leitura e fiquei curiosa, tal como já tinha referido anteriormente, por conhecer mais da autora.
Já leram?
Qual a vossa opinião?



ISBN: 9789722536448
Edição ou reimpressão: 03-2019
Editor: Bertrand Editora
Idioma: Português
Dimensões: 149 x 233 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller

SINOPSE:
O cruzeiro prometia ser sublime. Mas logo depois de levantar a âncora, o luxuoso Queen Charlotte torna-se o palco de um misterioso assassínio: o de Lady Em, uma rica octogenária. O seu inestimável colar de esmeraldas, que supostamente pertenceu a Cleópatra, desapareceu...
O culpado está, sem dúvida, a bordo. Mas quem é? O seu contabilista aparentemente dedicado? O jovem advogado que queria persuadir Lady Em a devolver o colar ao Egito, enquanto seu legítimo proprietário? Ou Celia Kilbride, a gemóloga que se relacionou com a velha senhora?
A lista de suspeitos cresce enquanto o Queen Charlotte rasga as ondas e o cruzeiro se transforma em drama. 
Preparemo-nos para embarcar num cruzeiro comandado por uma surpreendente Mary Higgins Clark e do qual é possível não regressar.

SOBRE A AUTORA:
Mary Higgins Clark é autora de mais de trinta romances que obtiveram um êxito assinalável, tendo vendido mais de 150 milhões de exemplares dos seus livros em todo o mundo.
Foi secretária e hospedeira, mas depois de se casar dedicou-se à escrita. Com a morte prematura do marido, que a deixou com cinco filhos pequenos, a autora investiu na escrita de guiões para rádio e depois nos romances. Rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura de suspense, conquistando os tops de vendas, a crítica e os fãs.
Foi eleita Grand Master dos Edgar Awards 2000 pela Mystery Writers of America, que também lançou um prémio anual com o seu nome.
Já foi presidente da Mystery Writers of America, bem como do International Crime Congress.